TCE/PR acata denúncia de ativista contra o prefeito Junior da Femac por irregularidade em subcontratação da empresa de sua família na obra do hospital de Apucarana

Após a manifestação de Renata Borges no Tribunal de Contas, o órgão intimou o Município de Apucarana que apresentou uma manifestação preliminar sobre o conteúdo das denúncias. Em resposta, o Município alegou que as denúncias eram desprovidas de comprovação e sugeriam que fossem apresentadas por opositores da administração. Além disso, afirmaram que a denúncia apresentada ao Tribunal era uma cópia das denúncias veiculadas no Canal de Notícias local.

O conselheiro do Tribunal de Contas, Fábio de Souza Camargo, analisou os autos do processo e concluiu que a denúncia deveria ser recebida, pois havia indícios de irregularidades na contratação da empresa da família do prefeito, e que, portanto, existia um parentesco direto envolvido. O conselheiro determinou a autuação e a citação das partes envolvidas para dar continuidade à investigação.

A decisão do Tribunal de Contas representa um avanço significativo na apuração das supostas irregularidades na construção do hospital e reforça a seriedade com que o órgão trata as denúncias de possível corrupção. A partir de agora, todas as partes envolvidas serão chamadas a prestar esclarecimentos sobre as irregularidades apontadas.

Renata Borges, ativista que apresentou denúncia, comemorou a decisão do TCE/PR e destacou a importância de uma apuração rigorosa para garantir a confiança da população nas instituições públicas e no combate à corrupção. Ela enfatizou o papel fundamental desempenhado pelo Tribunal de Contas na fiscalização dos recursos públicos e na preservação da integridade das ações dos gestores municipais.

A população de Apucarana aguarda com expectativa os preparativos desse caso, que pode revelar a existência de um dos maiores escândalos de corrupção na história do município. A transparência e imparcialidade da investigação serão fundamentais para estabelecer a verdade dos fatos e responsabilizar os envolvidos, caso sejam confirmadas as irregularidades apontadas na denúncia.

Enquanto isso, o prefeito Junior da Femac permanece em silêncio há mais de 66 dias, e o presidente da Câmara, vereador Luciano Molina, também se mantém calado. Além disso, ele arquiva na Câmara Municipal de Apucarana a mesma denúncia que foi acatada pelo TCE, o que levanta questionamento sobre a necessidade de investigar a própria Câmara.