Geral Frente Fria

Máquina Viva

  HISTÓRIA DA INDIA Houve um guru hindu De saco roxo Falante sobre a brisa Do amor e casamento Sua voz foi do Peru Às margens do Mar Morto Pela estrada lisa Das palavras ao vento Disse: poeta é peixe cru Se fazendo de bobo Pra não ser fisgado pela musa E em romance continuar vivendo A Prosa é melhor a olho nu Para um espírito frouxo Encontrar sua dita cuja E em tédio passar o tempo Debaixo desta forte luz Sozinho, velho e coxo O poeta se recusa A fugir do seu casamento Sérgio Viralobos   FUTURO NEUTRO ÚTERO Aonde quer que eu vá Acende forte a Via Láctea Faca, brote-me sangue Espanque-me todos os ossos Rasgue e em seu retalho plante Uma raiz ardida nossa Por onde quer que eu vá Meu nome em sua mão Antes, depois e ontem Suzana Cano e Sérgio Viralobos       CEGO NO DESERTO Deixe-me cego no deserto Seguirei o sol pelo calor na pele Deixe-me surdo no escuro Seguirei o som pelo bater do pulso Tire-me o norte e o som, o sul e o sol Deixe-me como vim ao mundo Deixe-me mudo Nuvem cubra a estrela Não quero ninguém por perto Querida, já não posso vê-la Deixe-me cego no deserto Querida, já não posso vê-la Não quero ninguém por perto Nuvem cubra a estrela Deixe-me como vim ao mundo Deixe-me mudo Tire-me o norte e o som, o sul e o sol Seguirei o som pelo bater do pulso Deixe-me surdo no escuro Seguirei o sol pelo calor da pele Deixe-me cego no deserto Luiz Ferreira e Sérgio Viralobos   Leia outras colunas Frente Fria aqui.

Por Da Redação

25/05/2023 às 08:57:21 - Atualizado há

 

HISTÓRIA DA INDIA

Houve um guru hindu
De saco roxo
Falante sobre a brisa
Do amor e casamento
Sua voz foi do Peru
Às margens do Mar Morto
Pela estrada lisa
Das palavras ao vento
Disse: poeta é peixe cru
Se fazendo de bobo
Pra não ser fisgado pela musa
E em romance continuar vivendo
A Prosa é melhor a olho nu
Para um espírito frouxo
Encontrar sua dita cuja
E em tédio passar o tempo
Debaixo desta forte luz
Sozinho, velho e coxo
O poeta se recusa
A fugir do seu casamento

Sérgio Viralobos

 

FUTURO NEUTRO ÚTERO

Aonde quer que eu vá
Acende forte a Via Láctea
Faca, brote-me sangue
Espanque-me todos os ossos
Rasgue e em seu retalho plante
Uma raiz ardida nossa

Por onde quer que eu vá
Meu nome em sua mão
Antes, depois e ontem

Suzana Cano e Sérgio Viralobos

 

 

 

CEGO NO DESERTO

Deixe-me cego no deserto
Seguirei o sol pelo calor na pele
Deixe-me surdo no escuro
Seguirei o som pelo bater do pulso
Tire-me o norte e o som, o sul e o sol
Deixe-me como vim ao mundo
Deixe-me mudo
Nuvem cubra a estrela
Não quero ninguém por perto
Querida, já não posso vê-la

Deixe-me cego no deserto
Querida, já não posso vê-la
Não quero ninguém por perto
Nuvem cubra a estrela
Deixe-me como vim ao mundo
Deixe-me mudo
Tire-me o norte e o som, o sul e o sol
Seguirei o som pelo bater do pulso
Deixe-me surdo no escuro
Seguirei o sol pelo calor da pele
Deixe-me cego no deserto

Luiz Ferreira e Sérgio Viralobos

 

Leia outras colunas Frente Fria aqui.

Fonte: Hoje PR
Comunicar erro
Jornalista Luciana Pombo

© 2024 Blog da Luciana Pombo é do Grupo Ventura Comunicação & Marketing Digital
Ajude financeiramente a mantermos nosso Portal independente. Doe qualquer quantia por PIX: 42.872.330/0001-17

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Jornalista Luciana Pombo
Acompanhantes Goiania