Intel
NOVA BANCADA DE TESTES! Veja nossa atualização do PC de análises
Vamos testar a implementação máxima possível em um computador que – ainda – dá pra colocar na mochila.
A nossa máquina de testes, o MSI Titan GT77 HX 13V, é um notebook de grande porte, ou seja, temos as condições ideais para colocar a RTX 4090 e o Core i9 ao seu nível máximo de desempenho. Isso nos traz um paralelo interessante: já testamos um Core i9 da 13ª geração Core, o 13980HX, no notebook mais compacto da ASUS, o Rog Strix G16. Apesar de usarmos um Core i9 levemente abaixo no line-up, o 13950HX, acredite, vai importar muito mais o arrefecimento dos notebooks.
E o Titan não é só tamanho. Ele tem no seu interior um total de 4 fans, o dobro do que costumamos ver mesmo em modelos gamers, e um total de oito heatpipes, novamente um número incomum, e também o tanto quanto é possível, em um notebook.
Sobre o restante do notebook, vamos só brevemente mencionar que ele tem 64GB de RAM, 4TB de SSD NVme PCIe 4.0 e uma tela 4K de 144Hz com tecnologia MiniLED. Nada mal.
CineBENCH
V-Ray
SPECviewPERF 20
3DMark
A tradicional ferramenta de benchmarks trás uma visão geral da performance do sistema encarando ciclos pesados tanto para chip gráfico quanto processador. Rodamos duas variações, que incluem o tradicional Firestrike e o mais moderno Time Spy, que faz uso da nova API DirectX 12.
Para ajudar a entender os gráficos a seguir: acima de 60fps é o ideal para monitores que operam nessa frequência. Quanto mais próximo dos 30fps, pior vai ficando a fluidez e abaixo dos 30 o jogo começa a ficar “não jogável.”
Red Dead Redemption 2
Game da RockStar, com belíssimos gráficos e uma boa referência para medir o comportamento de sistemas. Nosso teste considera o game rodando na API Vulkan, que se comportou melhor tanto em placas AMD quanto Nvidia.
Assassin´s Creed Valhalla
O game de mundo aberto da Ubisoft é muito exigente no hardware, tanto na complexidade das cidades e seu estresse para o processador quanto nos detalhes dos modelos e sua carga na placa de vídeo. Ele é baseado no motor gráfico AnvilNext 2.0, o mesmo implementando inicialmente em AC: Unity.
Cyberpunk 2077
O sucesso de vendas mas desastre de críticas da CD Project RED tem como destaque o uso amplo de diversas tecnologias como o FidelityFX da AMD e tanto o DLSS quanto o Ray Tracing acelerado por hardware Nvidia RTX. No teste corremos pelas ruas movimentadas de Night City, tornando desafiante o trabalho tanto do processador quanto da placa de video, e trazendo esforço redobrado para a placa de vídeo quando o traçamento de raios de luz está habilitado, combinado com as técnicas de AMD FSR ou Nvidia DLSS para buscar manter a performance em níveis aceitáveis.
Jogos do estilo competitivo são exigentes tanto no chip gráfico, que precisa fazer os quadros, quanto no processador, que precisa ter alto desempenho para dar conta de um gameplay com taxas elevadas de quadros.
Para ajudar a entender os gráficos a seguir: em jogos competitivos o ideal é buscar a taxa mais alta de quadros, de preferência acima dos 100fps
Counter Strike: Global Ofensive
O game competitivo é baseado em DirectX 9 e, apesar das baixas exigências de performance na parte da placa de vídeo, por se tratar de um eSport, o ideal é alcançar altíssimas taxas de quadros – algo que traz alta carga tanto para CPU quanto GPU.
Rainbow Six Siege
O game recebeu uma atualização que disponibilizou a APU Vulkan. Apesar de leve, é um jogo exigente em CPU para atingir altas taxas de quadro.
Call of Duty Modern Warfare II
Game bastante popular da Activision tem como foco as altas taxas de quadros para uma jogabilidade competitiva. Desenvolvido pela Infinity Ward, ele usa o motor IW Engine, que também é usado no COD Warzone 2.
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Como ficou evidente nas diferenças entre as barras, o MSI Titan e seu hardware estão praticamente fora do comparativo de notebooks, claramente sendo um produto de outro nível. Assim como fizemos na análise do ASUS ROG Strix G16, temos tanta performance aqui que dá para arriscar colocar ele no mundo dos desktops e ver onde aterriza. E é exatamente isso que vamos fazer.
A comparação é contra nossa bancada de benchmarks, baseada em um Intel Core i9-13900K para testes com placas de vídeo, ou combinadas com uma RTX 4090, para testes de processadores.
Como temos margem, vou inclusive subir a configuração dos games, agora usando o Quad HD, ao invés do 1080p que normalmente usamos.
Aqui tem um ponto importante: a RTX 4090 de notebook é, nas especificações, bem inferior a 4090 de desktops. Em números, ela é muito mais parecida com a RTX 4080, em estruturas como núcleos CUDA, e ainda é mais restrita em alimentação de energia, caindo dos 320W para apenas 175W disponíveis no MSI Titan, no máximo.
E agora, em games com gargalo mais concentrado em processador, vamos comparar com o desempenho do MSI Titan com diversos CPUs, todos combinados com uma RTX 4090. Temos aqui duas histórias. Uma é o poder multithread, com o CineBENCH.
Mas em games de altas taxas de quadros, a coisa muda. Mesmo com as reduções de latências de tecnologias como Nvidia Optimus ou chips como o Switch MUX, a complexidade maior da topologia dos notebooks e a sua capacidade menor de empurrar frequências mais altas, derrubam a performance para algo mais próximo do nível dos processadores intermediários.
Mesmo com as restrições do formato de notebooks, o MSI Titan é um monstro, com números de fazer inveja a muito desktop. Mas essa performance toda tem consequências. A primeira é o peso, afinal, mais de três quilos não é pra qualquer coluna. O outro é a autonomia, que não é lá aquelas coisas, então você precisa carregar o tempo todo a nada simpática fonte de 330W e, com isso, lá vem ainda mais uns quilos.
Mas se tudo isso não te desmotivou, na real tem um peso ainda maior pra carregar, e é na parte mais sensível do corpo: a careira. Se você achar um pra comprar, o que já é difícil, vai ver preços de fazer o Tio Patinhas raspar o caixa-forte. Até na gringa o negócio é fora de controle.
Ou seja: vai ser muito difícil esse produto ser a opção ideal para você. Até para um entusiasta, acho que parar em uma RTX 4070 e um Core i7 já está de ótimo tamanho. Ainda vai ser algo que faz sentido em performance, pro seu bolso, e pra suas costas.
Mas que é maneiro ver um produto que vai até o limite assim como o MSI Titan vai, definitivamente, é sim maneiro.
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