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Mais de 2 mil pessoas morreram enquanto trabalhavam no Paraná no últimos dez anos, indica MPT

Dados consideram apenas trabalhadores registrados com carteira assinada. Expectativa do MPT é que números sejam ainda maiores

Por Marechal Agora

11/05/2023 às 15:11:35 - Atualizado há

De acordo com dados do Ministério Público do Trabalho (MPT), 2.239 pessoas morreram em acidentes de trabalho no Paraná entre 2012 e 2022. No mesmo período, foram 223,4 mil notificações de acidentes de trabalho no estado.

Os números são monitorados pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, uma plataforma online do órgão.


Nos dados são considerados apenas trabalhadores registrados com carteira assinada. Por conta disso, a expectativa do MPT é que os números sejam ainda maiores.


"Infelizmente temos um mercado de trabalho com mais de 50% de trabalhadores na informalidade e isso repercute nas subnotificações", explica Alberto Emiliano de Oliveira Neto, procurador do Trabalho.


Em 2022 foram notificados 44,6 mil casos no estado e 232 mortes. De acordo com o MPT, este é o pior cenário desde 2013, que registrou 273 mortes.


Atividades com maiores riscos

No período de dez anos analisado pelo observatório, as atividades com o maior número de registros de acidentes de trabalho são:

  • Atendimento hospitalar: 35,4 mil acidentes
  • Abate de animais: 28,8 mil acidentes
  • Supermercados: 17 mil acidentes
  • Transporte rodoviário de cargas: 13,5 mil acidentes
  • Construção de edifícios: 10,6 mil acidentes


As atividades com mais mortes, no mesmo recorte de tempo, são:

  • Transporte rodoviário de carga: 300 mortes
  • Abate de animais: 69 mortes
  • Construção de edifícios: 62 mortes


Reponsabilidade de todos

O procurador do Trabalho Alberto Emiliano de Oliveira Neto reforça que as precauções devem ser tomadas tanto por empregados, quanto por empregadores.


"Para os empregados é importante se preocupar com o devido uso de equipamentos de proteção individual. Em relação às empresas, incrementar o treinamento, o diálogo social e certamente conceder os equipamentos, não só de proteção individual, mas também de proteção coletiva", afirma.

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