Manifestações de apoio ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) são recorrentes nos discursos das lideranças sindicais e representantes partidĂĄrios durante o ato de 1Âș de maio organizado pelas centrais sindicais em São Paulo. "O MST não pode ser criminalizado. O MST quer produzir alimento", disse uma das lideranças. "Essa CPI do MST é palanque da oposição", acrescentou. O coordenador nacional do MST, João Paulo Rodrigues, estĂĄ presente no palco do evento.
JĂĄ o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e a polĂtica de juros do Banco Central são alvos de crĂticas contundentes das lideranças sindicais. Campos Neto foi chamado de "pelego" e de representante dos interesses da burguesia. "Precisamos lutar contra essa lĂĄ taxas de juros que prejudicam os trabalhadores. Menos juros, mais empregos. Chega de especulação nesse PaĂs", afirmou membro da UGT.
É destaque também nos discursos o aumento do salĂĄrio mĂnimo, anunciado no domingo pelo presidente da RepĂșblica, Luiz InĂĄcio Lula da Silva. "Hoje temos conquistas para comemorar nesse dia. Tiramos o fascismo do poder e tivemos aumento real do salĂĄrio mĂnimo", disse o presidente do Sindicato dos Empregados em Centrais de Abastecimento do Estado de São Paulo, EunĂcio Simões de Moura, que dividiu a militância sindical com o presidente Lula no ABC Paulista na década de 1990.
Os lĂderes sindicais afirmaram também que não querem o imposto sindical de volta e pedem uma reforma tributĂĄria "em prol ao trabalhador". "É preciso revogar a reforma trabalhista. Revogar o acordo que o trabalhador estĂĄ sujeito ao empregador", afirmou um membro da Força Sindical.
A organização do evento estima que 40 mil pessoas participam do ato no Vale do AnhangabaĂș. O pĂșblico presente aguarda a chegada do presidente Luiz InĂĄcio Lula da Silva, enquanto as lideranças sindicais se revezam nos discursos no palco.
Lula deve discursar por volta das 13 horas, mas o evento estĂĄ atrasado. Além de Lula, devem participar do ato unificado, os ministros do Trabalho, Luiz Marinho, da PrevidĂȘncia Social, Carlos Lupi, a presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB). O ato unificado de 1. de maio é organizado pelas centrais sindicais CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Intersindical Classe Trabalhadora, CSB, Nova Central e PĂșblica.