As centrais sindicais vão às ruas neste 1Âș de maio para pedir "Emprego, Renda, Direitos e Democracia".
As centrais sindicais vão às ruas neste 1Âș de maio para pedir "Emprego, Renda, Direitos e Democracia".
Em São Paulo, a maior cidade do paĂs, o ato do Dia do Trabalhador, começa às 10h, no Vale AnhangabaĂș. E vai contar com centrais sindicais, como a Central Ănica dos Trabalhadores (CUT) e a Força Sindical.
Neste ano, os trabalhadores trazem 15 reivindicações. Entre elas, a queda dos juros da economia, a defesa das empresas pĂșblicas e a regulamentação do trabalho por aplicativos.
Outra reivindicação, é a valorização do salĂĄrio mĂnimo, que, segundo o secretĂĄrio-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, deve ganhar força agora.
"O fato de ter eleito um governo mais democrĂĄtico possibilita negociações diretas com o governo federal - haja visto agora essa negociação sobre o salĂĄrio mĂnimo, onde nós vamos ter a mudança da legislação de reajuste do salĂĄrio mĂnimo. Onde nós vamos ter o direito de ter a reposição das perdas da inflação, do custo de vista, mais o PIB de dois anos antes, o que daria condições de ter aumento real, além das perdas salariais".
A revogação da reforma trabalhista sancionada em 2017, também estĂĄ no foco deste 1Âș de maio. De acordo com as centrais sindicais, as mudanças retiraram direitos conquistados e atacaram a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Para o secretĂĄrio-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, a CLT, que completa 80 anos, garantiu cidadania aos trabalhadores.
"Nós vivemos, no Brasil, aproximadamente 380 anos de escravidão. O empresariado, digamos assim, foi marcado por essa condição do trabalho escravo. E a luta social fez com que, em 1943, GetĂșlio Vargas decretasse a CLT e, com isso, garantir, digamos assim, a cidadania aos trabalhadores através da sua carteira profissional, através das férias, através de conquistas que foram feitas do século passado para cĂĄ".
O 1Âș de Maio em São Paulo terĂĄ atrações culturais no Vale do AnhangabaĂș, como o cantor Zé Geraldo e a cantora Leci Brandão. Também estão previstas, pelo paĂs, outras manifestações do 1Âș de Maio unificado.