Internações por dengue aumentam 375% no Paraná em um ano, diz plataforma

O Paraná registrou um aumento de 375% nas internações hospitalares por dengue no período de um ano. Foi o 8º estado com maior aumento de internações entre 2021 e 2022. Os números são da LifesHub, plataforma de inteligência estratégica em saúde que, a partir de informações comparativas dos últimos anos, traz dados alarmantes sobre o crescimento da busca por atendimentos e internações em todas as regiões brasileiras.

Em 2021, houve 849 internações por dengue no Paraná. Em 2022, esse número saltou para 4.033. Em números absolutos, apenas Goiás (7.222) e São Paulo (6.466) tiveram mais internações no último ano.

Além disso, uma cidade paranaense, Foz do Iguaçu, está entre as 10 com mais atendimentos de dengue entre todos os municípios pesquisados. A cidade no Oeste do Paraná registrou 10.902 atendimentos. A líder no ranking é Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, com 151.868, seguida de Brasília (122.985) e Joinville (SC), com 35.527.

O levantamento considera os atendimentos ambulatoriais realizados no SUS no período de 2019 a 2022, incluindo procedimentos clínicos, exames diagnósticos, ações de prevenção e procedimentos cirúrgicos.

Com uma temporada de chuvas e acúmulo de água em diversas regiões do país, a tendência de aumento significativo de diagnósticos demonstra que o número está longe de estabilizar e algumas localidades já declararam surto devido à grande proliferação do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. O impacto já vem sendo observado pelo agudo crescimento no número de internações decorrentes do diagnóstico e complicações da dengue.

Em um comparativo, o Brasil teve um crescimento de 180% na quantidade de pessoas que necessitaram de atendimento especializado, pulando de 15.047 internações em 2021 para 42.184 em 2022. Já os casos mais graves da doença, com ocorrência de febre hemorrágica, tiveram um incremento de 143,6% no mesmo período.

Embora não seja o Estado com maior número absoluto de casos de Dengue clássico, Santa Catarina lidera o ranking percentual de internações, aumentando em 1.511% o número de pacientes internados para tratamento através do SUS, ou saúde suplementar. Apenas cinco Estados brasileiros tiveram redução na busca por atendimento especializado: Amazonas (-49%), Acre (-41%), Ceará (-37%), Pernambuco (-21%) e Roraima (-14%).