A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) deu alguns exemplos de violĂȘncia obstétrica, como o abuso fĂsico e verbal de mulheres por parte de profissionais de saĂșde e a falta de acesso a serviços e direitos essenciais, como o pré-natal e um acompanhante durante o parto.
De acordo com o médico e deputado Célio Silveira (MDB-GO), cerca de 45% das mulheres atendidas no SUS dizem ter sofrido algum tipo de violĂȘncia obstétrica.
Morte materna
Muitas mulheres também morrem durante a gestação ou o parto – assunto que também serĂĄ discutido na comissão especial. Para o deputado Geraldo Resende (PSDB-MS), que é médico obstetra, o Brasil estĂĄ atrasado no combate à morte materna.
"Isso decorre muito da falta de qualidade de atendimento do pré-natal no interior desse Brasilzão. Tem cidades em que no mĂĄximo 40% das mulheres grĂĄvidas fazem pré-natal. Quem mais morre são indĂgenas, negros ou a população mais pobre", afirmou.
Eleição
Durante a reunião, também foram eleitos trĂȘs vice-presidentes da comissão, os deputados Silvye Alves (União-GO), Ana Paula Lima (PT-SC) e Dr. Luiz Ovando (PP-MS), respectivamente.
Agenda
A comissão se reĂșne na próxima terça-feira (18), quando realiza a primeira audiĂȘncia pĂșblica sobre o tema.