A delegada Magda Hofstaetter, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ouviu nesta terça-feira (21) Caio Murilo Lopes dos Santos, cliente incendiado pelo frentista Paulo Sérgio Esperançeta. O caso aconteceu no sábado (18) em Curitiba.
Segundo a delegada, o funcionário do estabelecimento também foi ouvido, só que na segunda-feira (20). Em depoimento, de acordo com ela, o frentista disse estar arrependido.
"A vítima teria vindo para cima do Paulo Sérgio. Para se defender, ele jogou combustível na vítima e, após, por estar passando por problemas pessoais, teria perdido a cabeça e ateou fogo no Caio. Ele relatou estar arrependido da situação e que deixou o local com receio do que pudesse acontecer depois" , citou a delegada sobre o depoimento do frentista.
Caio prestou depoimento do hospital e, de acordo com a delegada, explicou que o carro dele tem duas chaves: uma específica do tanque de gasolina e uma da ignição.
À polícia, Caio disse ter recebido a chave da ignição quebrada após abastecer o veículo. Segundo a vítima, esse teria sido o motivo de o carro não ter ligado.
Em depoimento, relatou a delegada, Caio informou ter cobrado providências e que em nenhum momento ofendeu o frentista.
Polícia ouve frentista que ateou fogo em clienteComo não há ordem de prisão, Esperançeta foi liberado após ser ouvido. Ele é investigado por tentativa de homicídio qualificado com emprego de arma de fogo.
"Algumas diligências estão em andamento. Depois que tudo for apurado, ele [frentista] poderá ser indiciado por esse crime. Se for condenado, poderá pegar uma pena de até 30 anos de prisão", afirmou a delegada.
O advogado Renan Pacheco Canto, que representa a família de Caio, disse que vai "exigir a responsabilização criminal do frentista" e buscar na Justiça "a responsabilização civil" do posto de combustíveis onde tudo aconteceu.
O advogado do estabelecimento disse que vai esperar a conclusão das investigações para se manifestar.
Em nota, a defesa do frentista informou que ele não tinha intenção de matar a vítima, que não conhecia Caio e que está à disposição para prestar esclarecimentos à Polícia Civil e ao Ministério Público.