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Festival de Curitiba aposta na potência da cena teatral da cidade; confira destaques desta edição

Das seis peças que terão a estreia nacional durante o evento, quatro são da capital paranaense. O ator e diretor curitibano Maurício Vogue reforça: 'Temos competência para ocupar esse espaço'. Peça 'Ovos não têm janela'

Por G1

16/03/2023 às 05:55:10 - Atualizado há
Divulgação/Maringas Maciel

A curadoria da 31ª edição do Festival de Curitiba apostou na cena teatral da cidade e montou a programação da Mostra Lúcia Camargo com mais peças curitibanas da história do evento.

Das 32 montagens, seis são estreias nacionais, dessas, quatro são de Curitiba e uma do Rio de Janeiro, mas traz no elenco e direção atores curitibanos reconhecidos Brasil afora.

Uma das curadoras, Giovana Soar avalia que a produção teatral da cidade é riquíssima e traz expoentes nacionais. Entenda como foi o processo de seleção.

"Recebemos muitas propostas e escolhemos esses trabalhos porque eles revelam a grande potência da cena teatral local", destaca.

Ela lembra que a história desses artistas se conecta diretamente à história do próprio Festival. Os trabalhos escolhidos reúnem várias gerações de artistas da cidade, todas afetadas em algum nível pelo evento, considerado hoje um dos mais importantes da América Latina.

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Giovana descreve que, ao olhar para o teatro feito em Curitiba, nos deparamos com artistas com trajetórias importantes:

? Beto Bruel, renomado iluminador, "um homem farol que ilumina o teatro da nossa cidade e também os de fora", estreando como diretor em "Ovos Não Têm Janela";

? Nena Inoue, grande atriz, agitadora cultural que "exala arte e não deixa morrer seu trabalho" trazendo agora sua narrativa em "Sobrevivente";

? o "incontornável e incansável" ator e diretor Maurício Vogue, oriundo de família circense com seu importante e reconhecido trabalho no teatro infantil e na formação de muitos atores da cidade com sua versão de "Sonho de Uma Noite de Verão";

? a companhia Selvática ao "alcançar maturidade na linguagem que investiga lança um olhar para o futuro". A peça "Adoráveis Transgressões" apresenta novas possibilidades do fazer teatral;

? o espetáculo "O Tempo e a Sala" traz de volta pra casa uma trupe de artistas curitibanos de muito talento que trabalham no teatro, na TV e no cinema fora da cidade;

O ator e diretor Maurício Vogue está na Mostra Lúcia Camargo com uma nova leitura do clássico de Shakespeare.

"Temos competência para ocupar esse espaço. Esse reconhecimento é extremamente importante, sobretudo pós-pandemia onde fomos atingidos brutalmente. Não é só pertinente, mas urgente mostrar nosso trabalho para o público daqui e de fora", comemora .

Palco vira vitrine

O Festival de Curitiba funciona como uma vitrine para os artistas, por isso, na opinião do diretor Leandro Daniel, é um estímulo à cena local.

"O Festival de Curitiba é um dos grandes acontecimentos na minha vida, me deu a oportunidade de ver gigantes do teatro como o Plínio Marcos. Inesquecível! Meu ingresso na cena nacional se deu por conta do trabalho da companhia Vigor Mortis, do Paulo Biscaia que esteve no Festival e foi vista por produtores de fora da cidade. Sou muito grato por esta oportunidade", conta.

Para a Selvática Ações Artísticas esta é a segunda oportunidade de estrear na Mostra do Festival, em 2018 apresentou o espetáculo "Cabaret Macchina".

"Estou muito feliz que outros trabalhos de Curitiba também estejam estreando nesta edição. É importante este olhar para o que é produzido aqui, constrói pontes na cidade e para fora dela", explica o diretor Gabriel Machado.

O diretor avalia que "ousadia" é o que define a decisão da curadoria de convidar o grupo. Para ele, não se trata apenas de reconhecer um trabalho, mas sobretudo de apostar em uma linguagem.

"É um reconhecimento da nossa insistência em produzir aqui", conclui.

Para Leandro Daniel, voltar ao Guairinha nesta condição é um aconchego.

"Sobrevivemos à pandemia e ao desmonte da cultura no país pelo governo anterior, que demonizou os artistas, é hora de voltar a nos comunicarmos com o público. Estamos de volta, somos fortes, resistentes, temos coragem e estamos vivos dentro da arte!"


Estreias de Curitiba na Mostra Lúcia Camargo:

Adoráveis Transgressões - Selvática Ações Artístcas

Dias: 31 de março e 1º de abril, às 20h30

Local: Teatro Zé Maria (Rua Treze de Maio, 655 – Centro)

Classificação: 18

Duração: 90 minutos



Ovos Não Têm Janela – Cia Prego Torto

Dias: 05 e 06 de abril, às 20h30

Local: Auditório Potty Lazzarotto – MON (Rua Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico)

Classificação: 16

Duração: 60 minutos



Sobrevivente – Cia Espaço Cênico

Dias: 05 e 06 de abril, às 20h30

Local: Teatro Zé Maria (Rua Treze de Maio, 655 – Centro)

Classificação: Livre

Duração: 75 minutos



Sonho de Uma Noite de Verão – MKV Produções

Dias: 06,07, 08 e 09 de abril, às 20h

Local: Dizzy Café Concerto (Rua Treze de Maio, 894 – São Francisco)

Classificação: 16

Duração: 70 minutos



Produção carioca com artistas de Curitiba:

O Tempo e a Sala – Colombo Produções

Dias: 28 e 29 de março, às 20h30

Local: Guairinha (Rua XV de Novembro, 971 – Centro)

Classificação: 16

Duração: 90 minutos (com intervalo de 10 minutos)


Fonte: G1
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