Cinco apontados pela morte de DJ na Parada da Diversidade são indiciados por homicídio

O Ministério Público do Paraná (MPPR) ofereceu denúncia por homicídio, nesta terça-feira (7), contra cinco pessoas investigadas pela morte da DJ Laurize Oliveira e Ferreira, de 43 anos. A vítima estava trabalhando em um trio elétrico na Parada da Diversidade de Curitiba, em novembro do ano passado, quando fios de telefonia bateram contra o veículo e ocasionaram a queda na Avenida Cândido de Abreu.

Dentre os apontados como responsáveis pelo crime, estão a secretária de Educação de Guaratuba, Fernanda Estela Monteiro, e o funcionário do deputado estadual Nelson Justus (União Brasil), Luis Alexandre Barbosa. O MPPR ainda responsabiliza Sidnei José dos Santos, Makaiver Sabadin de Lara Edson e Artur Borrin, pelo incidente. O último não chegou a ser indiciado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

A denúncia é por homicídio, qualificado pelo motivo torpe e perigo comum. Para o MPPR, os envolvidos assumiram o risco de matar.

De acordo com o promotor João Milton Salles, os cinco voluntariamente se colocaram na posição de garantidores da segurança e bem-estar de um número indeterminado de pessoas que participariam da Parada da Diversidade. “Atos esses que, visando exclusivamente o lucro em detrimento da segurança, sabidamente colocaram em risco todos aqueles presentes no evento e que culminaram na morte de Laurize de Oliveira e Ferreira”, descreve.

Investigações

Durante as investigações da DHPP, foi constatado que o trio elétrico possuía uma altura superior à permitida pela legislação e não era autorizado o tráfego durante o evento. Entre os denunciados, estão dois trabalhadores, a proprietária da empresa e o motorista do trio elétrico.

Vídeo divulgado pela Polícia Civil mostra o exato momento em que o trio elétrico enrosca na fiação. Não é possível observar a queda pelo corte da câmera, mas é possível ver diversos equipamentos já do lado de fora: