PolĂ­cia Escravidão

Mais de 150 pessoas são resgatadas de trabalho análogo à escravidão em Goiás

Operação resultou em trĂȘs resgates em duas cidades: em AcreĂșna, 139 pessoas foram encontradas em usina de cana-de-açĂșcar

Por G1

18/02/2023 às 15:47:22 - Atualizado hĂĄ
Operação resgatou 139 trabalhadores da escravidão em fazenda de cana em Acreúna (GO) Imagem: Inspeção do Trabalho

Mais de 150 trabalhadores foram resgatados por trabalho anĂĄlogo à escravidão em GoiĂĄs. A operação resultou em trĂȘs resgates em duas cidades. Em AcreĂșna, no sudoeste de GoiĂĄs, 139 pessoas trabalhavam sem as mĂ­nimas condições necessĂĄrias em uma usina de cana-de-açĂșcar e 13 mulheres, da mesma forma, em uma fĂĄbrica de ração. Em Quirinópolis, na mesma região, um caseiro de 67 anos foi achado em casa que não tinha nem banheiro.

Os nomes das empresas e dos empresĂĄrios onde os trabalhadores atuavam não foram divulgados pelo MPT. Por isso, o G1 não conseguiu localizar as defesas deles para que se posicionem, até a Ășltima atualização desta reportagem.


A operação começou no dia 7 deste mĂȘs e foi concluĂ­da nesta quinta-feira, 16. A ação é desenvolvida de forma conjunta por MPT, SuperintendĂȘncia Regional do Trabalho em GoiĂĄs (SRTb-GO), Ministério PĂșblico Federal (MPF), Defensoria PĂșblica da União (DPU) e PolĂ­cia Federal (PF).


Resgate em usina de cana-de-açĂșcar

Segundo o MPT, 139 pessoas foram achadas trabalhando em "condições degradantes de trabalho", em uma usina de cana-de-açĂșcar em AcreĂșna, na região sudoeste de GoiĂĄs. Entre os trabalhadores, trĂȘs são mulheres.


A situação foi descoberta após uma denĂșncia registrada no site do Ministério. Depois disso, foi feita uma ação conjunta entre os órgãos, que resultou no resgate.


Segundo o MPT, eles trabalhavam de forma forçada, com jornadas exaustivas e se submetendo a situações degradantes de trabalho. O Ministério afirmou que os trabalhadores são de estados do Nordeste, como PiauĂ­, Pernambuco, Maranhão e Bahia.


Nesta quinta-feira, por volta de 12h, foi realizada uma ação coletiva no Fórum de AcreĂșna para indenizar os trabalhadores. O MPT descobriu que havia irregularidade nos contratos dos funcionĂĄrios e que a usina teria contratado terceirizados que seriam responsĂĄveis por atrair os trabalhadores para este serviço.


Funcionava da seguinte forma: a usina contratava empresas e estas chamavam os trabalhadores para o local com a promessa de receber um salĂĄrio maior do que era pago e com alojamentos com "boas condições" para eles morarem.


Durante a ação coletiva, foi definido que a usina terĂĄ de fazer o acerto retroativo dos valores devidos. Foram negociados: R$ 900 mil de verbas rescisórias, sendo parte desse valor por de danos morais individuais; e R$ 500 mil de danos morais coletivos.


Como denunciar

O Ministério PĂșblico do Trabalho disponibilizou um canal onde pessoas podem fazer denĂșncias sobre trabalhadores em situação anĂĄloga à escravidão.


O interessado pode registar uma denĂșncia pelo site do MPT ou pelo aplicativo do órgão, que se chama MPT Pardal.

Fonte: Nova Cana
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