Política

Blocos são formados no Senado, MDB fica de fora do grupo do PT e alega quebra de acordo

Por G1

04/02/2023 às 02:27:19 - Atualizado há
G1
Na visão de emedebistas, formação do bloco do PT contrariou acordo entre as siglas. Senadora afirmou que MDB afastou petistas ao negociar com o senador Sergio Moro. A definição dos blocos partidários no Senado gerou insatisfação no MDB, que ficou de fora do bloco do PT e afirmou que os petistas não cumpriram um acordo com a sigla.

O PT do presidente Lula se reuniu ao PSD do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG), e ao PSB, mesmo partido do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin.

Com isso, os três partidos formarão o segundo maior bloco da Casa (28 dos 81 senadores), enquanto o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, se manterá sozinho (12 senadores).

Na noite desta sexta-feira (3), em uma rede social, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) escreveu que o acordo verbal feito com os partidos PT, PSB e PSD foi quebrado, sem que o MDB soubesse o que estava acontecendo.

"MDB e UB foram furados pelo Diário do Congresso com o bloco PT/PSB e PSD, que iria pra liderança da maioria. As negociações envolviam um único bloco. A alternativa ao fogo amigo foi criar outro bloco com 31 senadores(MDB, UB, Podemos, PDT, PSDB e Rede), já publicado", escreveu Renan.

O g1 apurou que o bloco a que Renan se refere seria formado por 43 senadores e reuniria PT, PSD, PSB, MDB e União Brasil – a base que reelegeu Pacheco.

Logo em seguida, a senado Eliziane Gama (PSD-MA), que se mudou nesta semana para o partido de Pacheco, respondeu dizendo que o acordo teria sido desfeito porque o MDB buscou apoio de Sergio Moro (União-PR), ex-juiz federal que determinou a prisão de Lula.

"Furo foi do MDB que fez acordo com a presença do líder [do MDB] Eduardo Braga e não cumpriu, foi pedir ajuda a Sérgio Moro para garantir a maioria", disse a senadora.

O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), respondeu Eliziane afirmando que é preciso "verdades" e "convergências" para se formar um bloco partidário.

O PP e o Republicanos, que se juntaram para tentar eleger como presidente da casa o senador Rogério Marinho (PL-RN), mantiveram a aliança para a formação de um bloco que com 10 senadores.

Rodrigo Pacheco, do PSD, é reeleito e comandará o Senado até 2025

Após negociações e desentendimentos, os blocos ficaram assim:

Bloco Democracia (31 senadores)

MDB (10)

União (9)

Podemos (5)

PSDB (3)

PDT (3)

Rede (1)

Resistência Democrática (28 senadores)

PSD (15)

PT (9)

PSB (4)

Progressistas/Republicanos (10 senadores)

PP (6)

Republicanos (4)

Sem bloco

PL (12)

Comissões

Enquanto o tamanho das bancadas influencia a formação da Mesa Diretora, a composição dos blocos partidários pode influenciar a escolha dos presidentes das comissões temáticas.

Geralmente, as mais disputadas são:

Constituição e Justiça (considerada a mais importante da Casa por analisar a constitucionalidade de todos os projetos e sabatinar o indicado para procurador-geral da República);

Assuntos Econômicos (consideradas umas das mais importantes porque analisa os projetos que impactam na economia e é responsável por sabatinar o indicado para presidência do Banco Central);

Relações Exteriores (sabatina os indicados pelo governo para cargos no exterior);

Conselho de Ética (define quais processos sobre parlamentares serão analisados).

Nas últimas semanas, em meio à articulação de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para se reeleger presidente do Senado, o comando das comissões temáticas foi incluído nas negociações.

Como é dado como certa no Senado a indicação de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a CCJ, o g1 apurou que outras comissões passaram a ser disputadas, como a de Relações Exteriores. Isso porque senadores de PSD, PT e MDB passaram a dizer nos bastidores que queriam indicar o presidente da comissão.

Integrantes do PT também disseram nos bastidores que se, o partido não comandar a CRE, pode ficar com a Comissão de Assuntos Econômicos - o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, já disse que a "prioridade total" do governo Lula neste primeiro semestre será aprovar a reforma tributária no Congresso.

Além disso, o PL, que chegou a anunciar um candidato para a segunda vice-presidência do Senado, desistiu da candidatura. Na ocasião, o líder do partido, Flávio Bolsonaro, argumentou que o partido iria retirar a candidatura visando as conversas sobre a definição das comissões.
Fonte: G1
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