Economia Paraná

Nova gestão da ACP toma possa

Por Bem Paraná

24/01/2023 às 23:21:21 - Atualizado há
Bem Paraná

O ano novo tem gestão nova se iniciando na ACP (Associação Comercial do Paraná). Hoje, a nova diretoria da entidade, eleita em chapa única no ano passado, toma posse e inicia oficialmente os trabalhos para o período de 2023 a 2025. A solenidade acontece às 19 horas, no Salão Azul do Clube Curitibano, e ontem o novo presidente da ACP, Antônio Gilberto Deggerone, atendeu ao Bem Paraná para contar um pouco mais sobre sua trajetória como empresário e os planos para sua gestão.

Natural, de Erechim, no Rio Grande do Sul, Deggerone mudou-se em 1966 para o Paraná, onde começou a trabalhar como vendedor da Sharp em Curitiba, batendo de porta em porta na cidade para vender calculadoras. Foi crescendo dentro da empresa, escalando cargos na hierarquia da instituição e chegou a ser Executivo Comercial da marca, tendo a oportunidade de conhecer e vivenciar o Brasil de Norte a Sul, literalmente, morando em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia, Belém, Salvador, Recife.

Curiosamente, entretanto, a formação acadêmica do empresário não é na área de Economia ou Administração. "Eu sou formado em Filosofia, Ciências e Letras. Era o que eu queria fazer, o que gostava. É um curso de muita reflexão e eu gosto muito disso. Depois eu comecei a fazer Administração quando estava na Bahia, mas não conclui. Então o meu exercício foi muito na prática, né? No dia a dia que eu aprendi", comenta o novo presidente da ACP. "Eu uni as duas forças: a força do trabalho e a força do conhecimento."

Depois de deixar a Sharp, Deggerone foi executivo de outra grande empresa, a Electrolux, onde ficou por 10 anos. Na sequência, comprou uma loja de carros para administrar junto com os filhos, aventurando-se num novo ramo. Quando chegou, porém, encontrou um setor desorganizado, com alto grau de informalidade. Começou a participar, então, da Assovepar (Associação Revendedores Veículos Automotores no Estado Paraná) para ajudar a mudar esse cenário.

Foi a partir daí que ele também começou a participar de reuniões da ACP, filiando-se à entidade há cerca de 10 anos, em 2012. Desde então, passou por cargos em diferentes níveis hierárquicos e de responsabilidade dentro da entidade. Só na última gestão, por exemplo, foi vice-presidente, membro do Conselho Deliberativo e coordenador das Câmaras Setoriais da entidade.

"Hoje na nossa gestão são noventa e uma pessoas que compõem os conselhos e a diretoria hoje tem dezesseis nomes oriundos na Assovepar. Aqui é uma situação de mão dupla: você ensina, mas você aprende muito. Você dá a sua parte, mas recebe muito a nível de boas informações, de relacionamento, de respeitabilidade", ressalta o novo presidente da Associação Comercial.

Gestão compartilhada, especializada e com apoio a outras associações
Para seu mandato à frente da entidade, Deggerone resolveu implementar uma mudança estratégica, dividindo a gestão em 24 vice-presidências, que atuarão de forma setorizada, especializada. "As vice-presidências agora têm uma gestão compartilhada. Vai ter uma cuidando da comunicação, outra das finanças, outra que vai ficar na Câmara de Vereadores, se relacionando, acompanhando, ouvindo todas as demandas e atuando lá dentro como nosso representante. Vamos fazer isso na Assembleia Legislativa, junto ao Governo Estadual, Ministério Público, Secretaria de Segurança Pública? Queremos um diálogo mais próximo, fazer de maneira mais eficiente esse intercâmbio entre o poder público e a casa para tratar dos interesses da comunidade".

Além disso, a ACP também pretende ajudar associações menores ligadas ao comércio, como a própria Assovepar, servindo como uma ponte para outras entidades conseguirem apresentar suas demandas perante o poder público e a própria sociedade. Em Curitiba, há ainda a intenção de se aproximar das associações de bairro, para entender as demandas mais localizadas e também aumentar a própria base de associados, trazendo outros atores do comércio curitibanos e paranaense para dentro da entidade.


"Sofremos muito na pandemia, mas estamos encorajados"
Num olhar retrospectivo, Deggerone comenta que o comércio e a própria ACP sofreram muito na pandemia, período no qual diversas empresas tiveram de fechar suas portas por conta das dificuldades econômicas. Em sua avaliação, o presidente anterior da ACP, Camilo Turmina, fez ainda uma gestão adequada, trabalhando pelos comerciantes e pensando na saúde financeira de todos.

"A recuperação veio vindo ao natural depois, com a implementação de vacina e a retomada de uma normalidade. Teve muita gente que perdeu empresas, mas outras pequenas empresas também nasceram, surpreendentemente. A ACP em si veio bem, temos uma vida saudável do ponto de vista financeiro, a nível do nosso quadro de funcionários também e há um nível de satisfação muito bom dos associados", celebra o novo presidente da entidade, relatando ainda que o otimismo é grande com o porvir, apesar de algumas perguntas, algumas dúvidas que persistem com relação ao governo federal.

"Eu tenho acompanhado pela imprensa relatos de empresas que estão demitindo [funcionários] e isso assusta, né? Demonstra uma falta de confiança. Mas isso não nos atingiu ainda, no momento não há nada assim que nos preocupe, mas estamos tomando todos os cuidados, O país já passou por tantas dificuldades e sobreviveu? Agora nós vamos ter que fazer a nossa parte de novo. Cada um fazendo bem feito a sua parte e vamos embora", afirma Deggerone. "Nós estarmos cada dia mais encorajados e muito fortes, viu? Não temos medo de nada", reforça.

Despertar
Uma história de amor e um milagre

Para ilustrar, explicar um pouco mais sobre sua relação com a ACP, Deggerone compartilhou ainda um relato bastante pessoal. É que em 2012, quando havia acabado de entrar na entidade, ele participou da campanha de conscientização do Outubro Rosa. A partir daí, começou a cobrar de sua esposa que fizesse os exames necessários. Ela não o fez, mas por precaução ele marcou uma consulta com seu médico em abril do ano seguinte e resolveu levar junto a mulher, para que também fizesse um check-up.
"Ela passou em todos os exames e eu não. Eu não passei. Foi descoberto um câncer, uma bola de pingue-pongue no meu estômago, e aí caiu o mundo para mim. Fiz cinco vezes o exame, tive diferentes prognósticos. O último médico olhou e falou que tinha como resolver isso daí. Ele arrancaria meu estômago fora, talvez tivesse de arrancar o baço. Pois então, são quase dez anos que isto foi feito e não tenho nenhum problema de saúde, não tomo nenhum medicamento. Eu amo a ACP porque me despertou para o cuidado próprio naquela preparação de outubro de 2012. Se eu não tivesse descoberto o câncer, segundo meu médico, eu teria só mais um ano de vida. E eu estou vivo, cheio de saúde. Então por isso também a ACP é importante na vida. Isso foi um milagre", celebra.

Fonte: Bem Paraná
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