Economia Funai

Falta orçamento para combater garimpo, diz futura presidente da Funai

Por FOLHAPRESS

23/01/2023 às 11:30:33 - Atualizado há
Pablo Valadares/ Câmara dos Deputados

A futura presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), Joenia Wapichana (Rede), reafirmou que o orçamento previsto é "insuficiente" para a instituição realizar suas tarefas.

A proposta para 2023, apresentada ainda pelo governo Jair Bolsonaro (PL), é de R$ 600 milhões. Às vésperas de assumir o órgão, a deputada disse ontem à Rede CNN que precisará de ajuda para combater o garimpo ilegal, em especial na região da Amazônia.


Segundo ela, será necessário "buscar operações parcerias" com outras instituições e a iniciativa privada.


Joenia compôs a comitiva do presidente Lula (PT) à Roraima ontem para visitar população ianomâmi. Ele acusou Bolsonaro de ter "abandonado" os indígenas e declarou emergência de saúde pública no local.


Joenia já vem falando sobre o problema com verba desde o início do ano, após ser anunciada como a primeira mulher indígena a dirigir a fundação.


Ela compôs também a lista tríplice indicada por indígenas para assumir o novo Ministério dos Povos Indígenas. A vaga foi ocupada pela companheira Sônia Guajajara (PSOL).


Lula foi neste sábado (21) à Roraima em meio à denúncias de calamidade de saúde dos ianomâmis. Ele criticou Bolsonaro, disse que priorizará o atendimento à saúde e transporte público para população e reforçou a promessa de acabar com o garimpo ilegal.


"É desumano o que eu vi aqui. Sinceramente, se o presidente que deixou a Presidência esses dias em vez de fazer tanta motociata tivesse vergonha e viesse aqui uma vez, quem sabe esse povo não tivesse tão abandonado como está", completou.


Na tarde de hoje, a bancada do PT na Câmara dos Deputados entrou com uma representação na PGR (Procuradoria Geral da República) contra Bolsonaro e a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, por genocídio contra o povo ianomâmi.


Crise sanitária e humanitária. 570 crianças ianomâmis morreram por contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, "devido ao impacto das atividades de garimpo ilegal na região", segundo a pasta dos Povos Indígenas.


Em conjunto com Saúde, a pasta "irá decretar crise sanitária e humanitária, enquanto o Governo Federal decretará o estado de calamidade pública".


Na última quarta-feira (18), o Ministério da Saúde enviou uma equipe para Roraima para elaborar um diagnóstico sobre a população da área.


Comunicar erro
Jornalista Luciana Pombo

© 2024 Blog da Luciana Pombo é do Grupo Ventura Comunicação & Marketing Digital
Ajude financeiramente a mantermos nosso Portal independente. Doe qualquer quantia por PIX: 42.872.330/0001-17

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Jornalista Luciana Pombo