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EUA decretam mais sanções ao Irã por drones usados na guerra da Ucrânia

Por A Referência

06/01/2023 às 20:34:18 - Atualizado há
Drone iraniano modelo Shahed 149 Gaza (Foto: Wikimedia Commons)

ODepartamento do Tesouronorte-americano impôs nesta sexta-feira (6) novas sanções a uma empresa e cidadãos iranianos acusados de atuarem no processo de produção e venda de drones militares àRússia, que tem usado o armamento na guerra atualmente em curso naUcrânia.

As penalidades foram aplicadas aseis executivos e membros do conselho da Qods Aviation Industries do Irã, o principal fabricante de defesa do país, por produzir veículos aéreos não tripulados. De acordo com o órgão governamental norte-americano,Teerã enviou drones para Moscou para uso no front na Ucrânia.

Também está na lista Nader Khoon Siavash, diretor da Organização Industrial Aeroespacial do Irã. Ele trabalhou na supervisão do programa de mísseis balísticos do país.

Outros nomes são o do presidente da Qods, Seyed Hojatollah Ghoreishi, a diretor administrativo da companhia, Ghassem Damavandian, e os membros do conselho Hamidreza Sharifi-Tehrani, Reza Khaki, Majid Reza Niyazi-Angili e Vali Arlanizadeh.

Nos últimos meses, têm se acumulado evidências de que "drones suicidas" iranianos vêm sendo usados por Moscou para atacar não apenas as tropas de Kiev, mas também ainfraestrutura essencialucraniana. O resultado é um paíssem energia elétrica, água potável nas torneiras e gás para manter seus cidadãos aquecidos durante o inverno que se aproxima.

"A dependência do Kremlin de fornecedores de último recurso como o Irã mostra seu desespero diante da brava resistência ucraniana e o sucesso de nossa coalizão global em interromper as cadeias de suprimentos militares russos e negar-lhes os insumos de que precisam para substituir as armas perdidas no campo de batalha", escreveu a secretária do Tesouro Janet Yellen em um comunicado.

Na esteira das sanções de Washington, o secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, anunciou que a aliança militar enviaria equipamentos de interferência de drones para a Ucrânia.

Enquanto isso, Kiev convidou especialistas da ONU (Organização das Nações Unidas) para verificar o que diz serem drones iranianos derrubados em território ucraniano.

Embora negue, há evidências de que os governos doIrãe daRússiafirmaram um acordo para que Moscou passe a produzir, com base em projetos iranianos, seus próprios drones de ataque, uma arma que tem sido bastante usada na guerra no leste europeu.

Com o novo acordo, a Rússia passaria a produzir seus próprios drones, em vez de importá-los. Para isso, o Irã enviou projetos e componentes a Moscou, com a expectativa de que a produção comece em alguns meses e de que eles sejam usados já em 2023 contra as tropas ucranianas, no caso de a guerra continuar.

EUA,Reino UnidoeFrançaconcordaram que ofornecimento de drones pelo Irã à Rússiaviola uma resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que endossou o acordo nuclear de 2015 entre o Irã e seis potências.

Fonte: A Referência
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