O novo trecho do Contorno Norte é de responsabilidade da concessionária Arteris. O projeto está em discussão há anos, mas até hoje não foi possível iniciar a obra por indefinição do traçado. Na apresentação, três traçados foram entregues para discussão.
Para a concessionária, porém, a alternativa 1 é a que apresentou melhores resultados para construção.
“A alternativa 3 apresenta extensão menor, mas temos um problema de encaixe com a subestação e ela não consegue entrar no ponto previsto no contrato de concessão”, explicou a engenheira Regina Ferreira, da equipe de projetos da Arteris.
Dentro do contrato de concessão, está previsto que a rodovia tenha 11,7 km e seja de pista dupla. Estão previstas ainda pelo menos duas intersecções, uma na Rodovia da Uva e outra na Rodovia dos Minérios.
Durante a audiência, um grupo de moradores da Colônia Faria protestou contra a construção. Eles questionam o traçado e citam o “impacto imaterial” na região. O grupo cita a preservação ambiental da região. “Nós somos a favor do progresso, mas não somos a favor desse projeto. Nós temos sentimento de pertence à Colônia Faria”, disse uma das moradoras.
Representante da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Lúcio Marins, explicou que também é contra o projeto. Por 25 anos, ele esteve ligado à Delegacia da PRF em Colombo.
“Com esse traçado, estão pretendendo voltar com o fluxo pesado para a área e a PRF é contrária ao movimento. Protocolamos ofícios ao Ministério Público Federal, Arteris e ANTT com duas propostas diferentes. Em uma delas, pedimos a construção de um Rodo Anel em Curitiba, que sabemos que é bem mais difícil de ser concluído. Mas, no momento, pedimos o desvio do traçado para o posto Cupim/Costa Brava”, explicou.
Pela proposta da PRF, o traçado seria levado mais a norte, em Campina Grande do Sul, evitando a passagem por Colombo.