Ao todo, 17 pessoas foram ouvidas, entre testemunhas que estavam na plateia, profissionais do clube e o próprio cantor Seu Jorge.
Durante a coletiva de imprensa realizada na última sexta-feira (16), a delegada relatou ter pouquíssimas imagens da plateia. "As poucas [imagens] que temos, foram de momentos bons do show. As testemunhas não conheciam os ofensores e deram informações que poderiam se enquadrar em várias pessoas presentes ali no evento".
Por isso, a delegada afirma que a conclusão é que houve a materialidade, mas não tem uma pessoa física para atribuir a autoria dessas ofensas.
O clube em que foi realizada a apresentação não será responsabilizado.
A CNN pediu posicionamento à assessoria de imprensa de Seu Jorge e aguarda retorno.
Seu Jorge se apresentou do dia 14 de outubro no Grêmio Náutico União, tradicional clube de Porto Alegre, quando foi chamado de "macaco", além de pessoas terem imitado o som do animal, segundo a polícia.
No dia 26 de outubro, Seu Jorge prestou depoimento por meio de vídeo à Polícia Civil de RS.
No depoimento, o cantor diz não ter ouvido as ofensas racistas, até mesmo porque estava com fone, com a questão do retorno do som ao palco.
A delegada disse que ele ficou sabendo através das redes sociais. Disse ainda que o artista resolveu não voltar para o "bis" em razão das vaias altas que recebeu logo que saiu do palco.
Em sua conta no Twitter, o cantor postou uma mensagem junto à imagem da bandeira do Rio Grande do Sul, agradeceu a solidariedade que recebeu e fez questão de dizer que respeita a população da região Sul do país.
Por fim, convocou "uma aliança contra todo tipo de descriminação e preconceito no nosso amado país".