Geral Coreia do Norte

Irmã de Kim Jong-un compara EUA a "cão assustado" e adverte sobre crise de segurança "mortal"

Por Da Redação

23/11/2022 às 18:59:35 - Atualizado há

A enérgica irmã do líder da Coreia do Norte, Kim Yo Jong, comparou os Estados Unidos a um “cão assustado” após Washington ter pressionado a ONU (Organização das Nações Unidas) na terça-feira (22) pela condenação ao mais recente teste de míssil balístico intercontinental, realizado por Pyongyang na última sexta (18). As informações são do portal Politico.

Os EUA, juntamente com 13 outros países, apresentaram uma declaração conjunta ao Conselho de Segurança da ONU (CSNU), cobrando uma ação punitiva à nação comandada por Kim Jong-un e instando Pyongyang a “abandonar seus programas de armas ilegais de maneira completa, verificável e irreversível”.

A atitude de Washington e aliados despertou a ira de Kim Yo Jong. Considerada a segunda pessoa mais poderosa dentro da fechada nação, ficando só atrás de seu irmão, ela disparou duras críticas aos reclamantes, e classificou o documento enviado às Nações Unidas como “uma declaração conjunta repugnante de uma ralé como Grã-Bretanha, França, Austrália, Japão e Coreia do Sul”.

Kim Yo Jong, segunda pessoa mais poderosa dentro da fechada nação insular (Foto: WikiCommons)

Ela ainda comparou os Estados Unidos a “um cachorro latindo tomado de medo”, e disse que a Coreia do Norte vê a declaração como “uma violação arbitrária de nossa soberania e uma grave provocação política”.

Kim também alertou os EUA de que, quanto mais Washington ficar “obcecada” com suas “atividades hostis” e tentar desarmar a Coreia do Norte, mais enfrentará uma crise de segurança ainda mais “mortal”.

Linda Thomas-Greenfield, embaixadora dos EUA na ONU, criticou os membros permanentes China e Rússia por “obstrucionismo flagrante” na prevenção de novas sanções ou declarações de condenação contra Pyongyang.

“Quando falam em abuso do veto, estão se referindo a casos exatamente como este”, disse ela.

O teste de sexta-feira envolveu o mais poderoso míssil norte-coreano, o Hwasong-17. Segundo análise de especialistas, o lançamento bem-sucedido provou o potencial do armamento em atingir qualquer lugar nos Estados Unidos.

No começo do mês, o governo da Coreia do Norte afirmou que seus mais recentes testes de mísseis foram experiências bem sucedidas para futuramente realizar eventuais ataques “impiedosos” contra os EUA e a vizinha Coreia do Sul

Por que isso importa?

As tensões entre a Coreia do Norte, seus vizinhos do sul e o Ocidente cresceram no dia 8 de setembro, quando Jong-un declarou durante uma Assembleia Popular Suprema que seu país não abriria mão do armamento nuclear. No mesmo dia, a convenção aprovou uma lei que estabelece situações em que o líder supremo dos norte-coreanos teria poderes para ordenar um “ataque nuclear preventivo”.

Ao lado de EUA e Japão, a Coreia do Sul tem pressionado Pyongyang a evitar a proliferação de armas nucleares e a cooperar para manter a paz e a estabilidade na região. As negociações pela desnuclearização do país, porém, estão travadas desde 2019.

A Coreia do Norte quer que os EUA e aliados suspendam as sanções econômicas impostas a seu programa de armas. Até agora, o presidente Kim Jong-un recusou as tentativas de aproximação diplomática do líder norte-americano Joe Biden. A Casa Branca, por sua vez, diz que não fará concessões para que Pyongyang volte às negociações.

Fonte: A Referência
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