Conforme descreve a Promotoria na denúncia, recebida na última semana, no dia 27 de setembro, o agente público e outro homem – também denunciado – abordaram o motorista de caminhão no Bairro Uberaba, na capital. Utilizando identificação da Polícia Civil e alegando a possibilidade de apreensão do veículo e aplicação de multa por crime ambiental, os dois pediram ao caminhoneiro R$ 1,5 mil para não realizar a autuação. Acertaram a entrega do valor para o mesmo dia, em um posto de combustível. Como havia viaturas de polícia no local, cancelaram o plano, combinando para buscar a propina no trabalho do caminhoneiro – todas as conversas foram registradas em WhatsApp. Chegando lá, perceberam outra viatura policial, descaracterizada. Tentaram fugir e bateram o carro em um muro, sendo presos em flagrante. Foi verificado depois que os dois também haviam adulterado a placa do veículo que dirigiam.
Na denúncia, o Ministério Público sustenta a prática dos crimes de concussão e adulteração de sinal identificador de veículo automotor. O processo vai tramitar junto à 9ª Vara Criminal de Curitiba.
O policial foi preso na semana passada em uma ação com participação do Núcleo de Curitiba do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele também é investigao pelo crime de concusão, entre outros, no âmbito da Operação Mônaco, do MPPR.