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Cônsul alemão no Rio acusado de matar o marido é declarado foragido

O magistrado "determinou, ainda, a inclusão do nome do cônsul na lista de foragidos da Interpol, em razão do acusado ter embarcado no domingo para a Alemanha", completou o tribunal.

Por Isto É

30/08/2022 às 00:26:38 - Atualizado hĂĄ

A Justiça do Rio de Janeiro ordenou nesta segunda-feira (29) que o cônsul alemão acusado de matar o marido seja incluĂ­do na lista de foragidos da Interpol, um dia após o diplomata embarcar rumo à Alemanha.


"O juiz Gustavo Kalil, da 4ÂȘ Vara Criminal da Capital do Tribunal de Justiça do Rio, aceitou a denĂșncia do Ministério PĂșblico do Rio de Janeiro e decretou a prisão preventiva do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, acusado pela morte de seu marido, o belga Walter Henri Maximilien Biot, no dia 5 de agosto", informou o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ) em comunicado.


O magistrado "determinou, ainda, a inclusão do nome do cônsul na lista de foragidos da Interpol, em razão do acusado ter embarcado no domingo para a Alemanha", completou o tribunal.


Hahn foi detido em 6 de agosto, mas uma juĂ­za de segunda instância lhe concedeu um habeas corpus na semana passada, alegando que o prazo para que o Ministério PĂșblico (MP) apresentasse uma denĂșncia havia expirado. O cônsul acabou sendo solto sem entregar o passaporte.


O MP, que nega ter perdido o prazo legal, denunciou Hahn por homicĂ­dio nesta segunda-feira.


De acordo com a investigação, Biot foi assassinado na cobertura onde o casal vivia, no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio.


A perĂ­cia concluiu que Biot faleceu vĂ­tima de um "severo espancamento".


O MP afirma que Hahn alimentava um "sentimento de posse" em relação ao marido, a quem "subjugava financeira e psicologicamente", impedindo-o de estabelecer qualquer nĂ­vel de independĂȘncia econômica ou de desenvolver amizades com outras pessoas.


Hahn disse às autoridades que seu marido bateu a cabeça após uma queda.


Segundo a imprensa, Hahn, casado com Biot hĂĄ 20 anos, tentou limpar a cena do crime antes da chegada da polĂ­cia e afirmou aos agentes que o marido tinha bebido muito e tomado pĂ­lulas para dormir.


"A PolĂ­cia Civil estĂĄ perplexa e estarrecida com o retorno do cônsul ao seu paĂ­s de origem", disse a delegada Camila Lourenço ao jornal O Globo.


"Havia a possibilidade de determinação de medida cautelar diversa da prisão, como a retenção do passaporte, o que dificultaria sua fuga", completou.

Fonte: Isto É
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Jornalista Luciana Pombo

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