Jô Soares foi um humorista, apresentador de televisão, escritor, dramaturgo, diretor teatral, ator e músico que marcou a história da televisão brasileira. Faleceu nesta sexta-feira, 05, aos 84 anos, no hospital Sírio-Libanês. Ao longo de toda sua trajetória na televisão, sua atuação mais recente e que permanece viva na memória, foi no Programa do Jô. Por onde passaram quase 15 mil pessoas. pelo sofá do Jô passaram também convidados de Maringá. Conheça sete deles:
Nailor Marques Jr.
Natural de Presidente Prudente (SP), o professor, escritor e palestrante Nailor Marques Jr., mora em Maringá desde 1977 e foi entrevistado no Programa do Jô em maio de 2012. Ele é formado em Direito e Letras pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e já publicou 31 livros. Na ocasião, Nailor foi convidado por seu amplo conhecimento em Machado de Assis.
“Ligaram na minha escola e falaram para minha secretária que a secretária do Jô queria falar comigo. Eu ignorei, achei que não tinha nada a ver. Depois recebi um e-mail e no dia seguinte ligaram de novo, então retornei a ligação e falei "olha, estão me procurando, acho que é trote". E ela falou: "não, estamos atrás de você mesmo, recebemos muitas indicações do seu nome'”, relatou Nailor Marques Jr. em entrevista ao GMC Online.
Após passar por duas pré-entrevistas, ele foi oficialmente confirmado como convidado do Programa do Jô, para participar da edição que seria exibida em uma sexta-feira – considerado o programa nobre.
“Baixei várias entrevistas do Jô na internet. Não fui estudar Machado porque Machado eu já sabia, fui estudar o Jô, que seria teoricamente meu oponente no dia. Vi coisas que ele gostava e que funcionavam com ele e apliquei”, detalhou.
Funcionou. E a conversa foi muito além de Machado de Assis. Nailor Marques Jr. falou sobre seu “jeito próprio de ensinar”, lançou seu livro “Estive com Jobs” e impressionou Jô Soares.
“Ele me agradeceu publicamente e, quando acabou o programa, me deu livros dele autografados, coisa que ele raramente faz, segundo a secretária. O Jô foi extremamente cortês e gentil comigo. Não só ele, como toda a equipe. Foi uma experiência fantástica”, reforçou.
No fim de semana seguinte à exibição do programa, Nailor Marques Jr. foi para o Trending Topics do Twitter e, em apenas uma semana, o programa havia batido um milhão de visualizações. Mas houve quem duvidasse do sucesso, segundo ele.
“Assim que publiquei no Facebook que eu iria no Jô Soares, o primeiro comentário foi: "mais um maringaense que vai envergonhar a cidade em nível nacional". E a pessoa estava redondamente enganada, a entrevista foi um sucesso e ao longo desses oito anos as pessoas ainda lembram. Quer dizer que foi marcante para as pessoas e para mim”, acrescenta.
Veja a entrevista do Programa do Jô com Nailor Marques Jr.:
Nascida em Maringá, Eliane Maio, é psicóloga especialista em sexualidade e professora da UEM. Ela participou do Programa do Jô em maio de 2011, para falar sobre seu primeiro livro, chamado “O Nome da Coisa”, fruto de sua tese de doutorado.
“No meu doutorado, pesquisei "palavrões" que as pessoas dão para pênis, vulva, relação sexual e masturbação. Defendi a tese em 2008, a banca elogiou muito e fui incentivada a fazer um livro”, disse Eliane Maio em entrevista ao GMC Online.
E três anos depois, o livro saiu. “No dia que as caixas com os livros chegaram na minha casa, recebi uma ligação com o DDD 11. Achei que era a Tim vendendo pacote ou o Itaú achando que eu sou rica, mas era a produção do Jô Soares. Achei que era piada e desliguei na cara. Em 20 minutos, a produtora ligou de novo e pediu para eu não desligar [risos]”, relatou.
Durante o programa, Eliane Maio pôde falar sobre seu livro e mais: sobre a importância de tratar da temática. “Expliquei que, quando a educadora infantil trabalha as partes do corpo, ela desenha o olho, nariz, boca, barriga, perna, e escreve o nome de cada um, mas pula as partes sexuais. E quando põe nome, coloca "pipi" e "perereca" – que é um anfíbio. Por que não escrever pênis e vulva? Se ela escrever, as crianças aprenderão corretamente, e mais: aprenderão a se defender e gostar do próprio corpo”, frisou. Veja a entrevista.
O escritor Laurentino Gomes, 66 anos, é natural de Maringá. Ele é formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e autor de livros como “1808”, sobre a fuga da família real portuguesa para o Rio de Janeiro; “1822”, sobre a Independência do Brasil e “1889”, sobre a Proclamação da República. Gomes participou do Programa do Jô em outubro de 2013, quando falou sobre o lançamento do livro “1889”. Veja a entrevista.
O maringaense Eduardo Maia Betini, juntamente com Fabiano Tomazi, ambos agentes policiais, participaram do Programa do Jô em abril de 2010. Na ocasião, eles lançaram o livro Charlie Oscar Tango, que conta o trabalho do Comando de Operações Táticas (COT) da Polícia Federal, sediado em Brasília. A obra, que foi publicada em 2009, aborda temas como treinamento, rotina e bastidores de grandes operações. Veja a entrevista.
Em junho de 2016, o Programa do Jô entrevistou Terezinha Guilhermina, 43 anos, atleta paralímpica velocista brasileira especializada nas corridas de 100 metros rasos, 200 metros rasos e 400 metros rasos. Apesar de ser natural de Betim (MG), mora em Maringá desde 2012. Terezinha Guilhermina recebeu o título de Cidadã Honorária de Maringá em 2014, pela Câmara Municipal de Maringá, e também tem um instituto no município, que visa fomentar o paradesporto na cidade. Assista a entrevista.
A atriz Sonia Braga, 72 anos, natural de Maringá, passou pelo sofá do Jô em agosto de 2010. Sônia morou apenas seu primeiro ano de vida na cidade e, então, sua família mudou-se para Curitiba. A carreira da atriz na televisão começou aos 14 anos, na TV Tupi. As fronteiras do Brasil ficaram pequenas para ela. Sônia ganhou o mundo: filmou com Robert Redford e Clint Eastwood. Concorreu ao Golden Globe, ao Emmy e ao Bafta. Veja a entrevista com Jô.
Natural de Maringá, a atriz Fernanda Machado, 41 anos, participou do Programa do Jô em abril de 2008. A estreia de Fernanda na televisão foi em 2004, quando atuou na novela “Começar de Novo”. Posteriormente, ficou conhecida por interpretar personagens como a Dalila em Alma Gêmea, Joana em Paraíso Tropical e Leila em Amor à Vida. Veja a entrevista.
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