Geral DIA A DIA

Preço do leite tem data para cair, mas baixa não deve chegar perto da esperada pelo consumidor

Por Da Redação

28/07/2022 às 08:56:20 - Atualizado há

R$ 7,45. Levantamento realizado no Clique Economia, da Prefeitura de Curitiba, mostra esse como o valor mais baixo do leite longa vida em mercados da capital. Item de necessidade básica, o leite é apenas mais um que precisou ser reduzido na hora das compras. E, assim, o questionamento é inevitável, há data para o preço cair?

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), o preço do leite longa vida teve alta de 16,68%, apenas no mês de julho, em Curitiba. No Brasil, a alta acumulada do ano, já ultrapassa os 57,42%.

Para a alta, especialistas apontam uma série de fatores, como o preço do diesel e a alimentação animal. Aquela utilizada em casa com os pets, por exemplo, acumula alta de 23% ao longo do ano.

Ricardo Kureski, que é professor do curso de Ciências Econômicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), cita que a alta no período de inverno é esperada, mas em 2022 diversos outros fatores influenciam os altos preços.

“A questão climática é tradicional, todo ano acontece. A gente já sabe que em julho e agosto o leite sobe, mas, neste ano, tivemos aumento também nos insumos, em especial na alimentação animal. Como isso está vinculado ao preço da soja e do milho, que é em dólar, temos a alta. O transporte também está mais caro, bem como a refrigeração, uma vez que a energia elétrica também está mais cara”, explica.

Ao tratar da alimentação animal, outro fator impacta diretamente nos preços: a Guerra na Europa. Enquanto a Ucrânia é o 3ª maior produtora mundial de milho, a Rússia é uma importante exportadora de fertilizantes para o Brasil. A ração dos pets, cita o IBGE, já está 23% mais cara em 12 meses.

Data para cair

Em meio a tantas altas, porém, pelo menos um fator tem data para mudar: a questão climática.

Desta forma, o leite tem data sim para ficar mais barato, mas a baixa deve ficar longe da esperada pelos consumidores.

Segundo Kureski, é com a chegada da primavera e do verão é que podemos ter uma queda. “Com a melhora da pastagem, reduz o custo da alimentação e o preço pode cair. Mas não volta para aquele patamar que era antes, R$ 4, isso não volta. Como estamos em um período eleitoral, não sabemos também como será a cotação do dólar até o fim de ano, logo a tendência é não cair a alimentação animal em curto prazo”, conclui.

Fonte: Nosso Dia
Comunicar erro

Comentários Comunicar erro

Jornalista Luciana Pombo

© 2024 Blog da Luciana Pombo é do Grupo Ventura Comunicação & Marketing Digital
Ajude financeiramente a mantermos nosso Portal independente. Doe qualquer quantia por PIX: 42.872.330/0001-17

•   Política de Cookies •   Política de Privacidade    •   Contato   •

Jornalista Luciana Pombo
Acompanhantes GoianiaDeusas Do Luxo