Dia do Jornalista

Orgulho de Ser Jornalista, por Luciana Pombo

Crônica de quem viveu e vive a paixão da pena

Por Blog da Luciana Pombo

07/04/2022 às 15:17:58 - Atualizado há
Na Rádio e TV Tamandaré

Sim, tenho orgulho da minha profissão. Da profissão que escolhi quando ainda era adolescente e passei nos vestibulares para História, Direito, Medicina, Pedagogia e Jornalismo. Tive uma escolha dura a fazer, mas tinha certeza de que queria viver minha vida como jornalista. No final de 1993, encerrei a faculdade de Jornalismo, tendo feito vários estágios e conseguido a experiência necessária para não ficar um mês sequer desempregada. Dali para frente, jamais fiquei sem emprego. Passei por tantas jornadas e tenho orgulho de todas elas: das rádios em que me apaixonei e fiz meu trabalho com devoção, das televisões em que atuei na frente ou por trás das câmeras, dos jornais que tive o prazer de escrever crônicas e reportagens investigativas, das assessorias pelas quais passei.

Não me envergonho de nada porque sempre fiz meu trabalho com muita paixão. Nunca precisei "dar" para alguém (como os machistas queriam dizer) ou puxar o tapete de alguém porque como virginiana era perfeccionista e tinha um trabalho de ponta para mostrar. Jamais fui mandada embora de um emprego. Sempre pedi demissão não por brigas ou discordâncias com chefias, mas para viver meu trabalho de forma digna e leal.

Lembro com carinho das pessoas que passaram pela minha vida. Da Rádio e TV Educativa, que coordenei o jornalismo e consegui fazer com que os "concursados" que eram marginalizados por diretorias comissionadas se sentissem parte do processo (e eram), desenvolvendo trabalhos incríveis. Muitos passaram e já se foram, a morte os levou. Outros nem reconheço mais, porque o tempo colocou rugas e pesadelos. No entanto, são todos parte da energia vital que corre em minhas veias. Amo a todos.

Tenho saudades, claro, da paixão do início. De acreditar que seria capaz de mudar o mundo. De ter certeza de que a política era possível sem corrupção e sem armadilhas criadas pelo sistema. Vi governos se levantarem, militantes de esquerda se venderem, líderes de direita se corromperem.

Tinha motivos para deixar de acreditar. Mas ainda me sinto capaz de lutar. Lutar ao lado de mulheres que querem ser inseridas no Mundo machista e que exclui, ao lado de gays e lésbicas que jamais foram respeitados por serem considerados "diferentes", por jovens que têm nos braços a vontade de inovação e de mudança.

Enquanto ainda tiver ar para ser respirado, serei essa jornalista que pensa, que briga, que fala o que ninguém quer falar. Mas que acima de tudo respeita as escolhas, as diferenças, tolera o intolerável e se senta na mesa com os cínicos e corruptos na esperança de mudar. Enquanto houver fôlego, vou denunciar e espalhar a esperança.

#vamosquevamos

Jornalista Luciana Pombo

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