O Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren-PR) determinou a interdição ética do Complexo Médico Penal (CMP), em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Com isso, os serviços de enfermagem do local são suspensos deste esta terça-feira, 5 de julho. De acordo com o Coren-PR, a interdição ocorre após o Departamento de Fiscalização (Defis) ter identificado diversas irregularidades no serviço de saúde do local,
Essas irregularidades representavam "riscos no atendimento à população encarcerada e aos próprios profissionais de enfermagem", de acordo com a justificativa apresentada.
O Complexo Médico Penal de Pinhais atende internos em medida de segurança por questões de saúde mental e de presos com diversas "afecções clínicas e cirúrgicas" ou que apresentam vulnerabilidade aumentada como gestantes, idosos, cadeirantes e acamados.
No final de março, o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) havia determinado a interdição ética do local, impedindo novos presos no local. À época, o CRM-PR apontou que havia "degradação gradativa das condições para prestação de serviços de saúde no local".
A instituição se encontrava sob indicativo de interdição desde setembro de 2020.
A Defensoria Pública do Paraná (DPE-PR), por meio do Núcleo de Política Criminal e Execução Penal (Nupep), afirmou à época que o Complexo Médico Penal estava sob indicativo de interdição em razão do déficit de profissionais da área de saúde na unidade.