Postos denunciam distribuidoras por reajuste 'abusivo' de R$ 0,22 na gasolina

Os postos de combustíveis do Paraná, por meio do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lojas de Conveniências do Estado do Paraná (Paranapetro), denunciaram neste sábado (18) um aumento abusivo por parte da distribuidoras. Com isso, o aumento no litro da gasolina após o novo reajuste da Petrobrás, que deveria ser de R$ 0,14, chegou a até R$ 0,22.

"No caso da gasolina, algumas distribuidoras repassaram elevação de R$ 0,22 por litro sobre o valor antigo – 8 centavos a mais do que o anunciado. No caso do diesel, há relatos de distribuidoras que elevaram os preços para os postos em R$ 0,77 sobre o valor anterior – 14 centavos a mais do que o anunciado", afirmou o Paranapetro por meio de nota.

Ainda na nota, o Paranapetro afirmou que está tomando medidas devido ao aumento abusivo. "Diante disso, o Paranapetro entrou em contato as distribuidoras para solicitar esclarecimentos e também informou ao Procon", afirmou o sindicato.

A maioria dos postos de combustíveis de Curitiba já repassou o novo aumento da Petrobrás para o consumidor final, fazendo com que o litro da gasolina já esteja mais caro neste sábado em Curitiba.

Reajuste

Após 99 dias congelado, o preço da gasolina será reajustado no sábado, 18, pela Petrobras, passando a custar R$ 4,06 o litro nas refinarias da estatal, uma aumento de 5,2%. O diesel, há 39 dias sem aumento, passará a custar R$ 5,61 o litro, alta de 14,2%, conforme anúncio realizado nesta sexta-feira, 17.

Os reajustes refletem a disparada dos preços dos derivados no mercado internacional, seguindo a alta do petróleo e refletindo maior demanda e o fechamento de refinarias em meio à guerra entre a Rússia e Ucrânia.

Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), para alinhar o preço interno com o praticado no Golfo do México, de onde sai a maioria das cargas, o aumento deveria ser de R$ 0,57 para a gasolina e R$ 1,37 para o diesel, diante de defasagens de 13% e 21%,respectivamente.

A alta dos combustíveis tem sido ponto de tensão entre a Petrobras e o governo. O presidente da República, Jair Bolsonaro, critica a companhia pelos altos lucros e distribuição de dividendos bilionários, inclusive para a União, e pedia para que novos reajustes não fossem realizados