O princípio é básico, mas o desenvolvimento não. Desde que sofreu o ataque, Kirby tem problemas de discernir o que é realidade ou não. Em uma delas, ela tem um gato, em outra, um cachorro. Ou ainda, mora com a mãe hippie, ou é casada com um fotógrafo. Com isso, a série tem várias idas e vindas, e você nunca sabe o que é real, e o que é fantasia. Também nesses primeiros três episódios, há várias linhas temporais. Você pode ver uma cena que acompanha um dos personagens ferido, e só depois verá como isso aconteceu. Tudo isso é positivo, mas há um problema. Os episódios são muito longos, por volta de 55 minutos em média. E com isso, se tornam cansativos, especialmente com o clima tenso que acompanha Kirby e Dan todo o tempo.
Elisabeth Moss é sempre uma atriz fenomenal. Como Kirby não é diferente. Você consegue ver as mínimas nuances de suas expressões sempre. É bem provável que seja indicada a algum prêmio. Wagner Moura também está ótimo. Dan é um homem destruído, que tenta uma redenção com esse caso. Fala inglês, português e espanhol durante a série. E tem ainda Jamie Bell como um serial killer, que está em todos os lugares. Ele é sempre uma boa presença. Mas não é assustador como eu imaginaria.
De qualquer maneira, Iluminadas é uma produção de primeira linha da Apple TV Plus, que vale conhecer, especialmente pelos talentos envolvidos.
Eliane Munhoz
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