Uma investigação foi aberta para determinar o que causou a explosão de sexta-feira, disse à AFP o chefe da Agência Nacional de Detecção e Resposta à Transferência de Petróleo (Nosdra), Idris Musa.
“As investigações estão em andamento e o incêndio que começou após a explosão foi parcialmente controlado”, disse ele.
Essa é a última de uma longa série de incidentes neste país, o maior produtor de petróleo da África, onde esse tipo de acidente é frequente.
Na região petrolífera do Delta do Níger, criminosos de algumas comunidades locais vandalizam rotineiramente oleodutos para transferir e roubar petróleo, que é refinado em locais clandestinos, para finalmente serem vendidos no mercado paralelo.
A maioria dos habitantes vive em extrema pobreza, apesar dos milhões de dólares gerados na região, com uma produção de cerca de dois milhões de barris por dia.
A Nigéria obtém 90% da receita nacional com as exportações de petróleo.
Segundo fontes do setor formal, o país perde cerca de 200 mil barris de petróleo por dia devido ao vandalismo, roubo e transferência ilegal de petróleo.
Mas os habitantes da região acusam as grandes petroleiras de terem contribuído para a contaminação da área, sem participar de seu desenvolvimento.
Décadas de incidentes devastaram manguezais e vilarejos inteiros, onde a pesca e a agricultura garantiam a sobrevivência como fonte de renda local.
A pior explosão de um oleoduto na Nigéria ocorreu em outubro de 1998 na cidade de Jesse, no sul do país, causando mais de mil mortes entre seus habitantes.