Médico oncologista ressalta a importância do diagnóstico precoce, já que a demora influencia na chance de sucesso dos tratamentos
Após 11 meses de tratamento, a cantora Rita Lee, de 74 anos, está curada do câncer de pulmão, segundo confirmado pelo seu filho, Beto Lee, nesta terça-feira, 12. O câncer estava em estágio primário e foi descoberto durante um check-up de rotina em maio do ano passado. Exames realizados nesta semana confirmaram o desaparecimento completo do tumor maligno.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de pulmão é o segundo mais comum nos brasileiros, além do câncer de pele não melanoma. O tabagismo e a exposição passiva ao tabaco são os maiores fatores de risco para o desenvolvimento da doença.
Assim que teve o diagnóstico, Rita Lee foi submetida a imuno e radioterapia. A descoberta e o tratamento precoces podem ter sido essenciais para o sucesso na eliminação do câncer do organismo da cantora, segundo explica o médico oncologista Fernando Cezar Geres Jr.
"Nos primeiros estágios da doença, é muito comum a cura com o tratamento correto. É mais difícil obter a cura do paciente quando o câncer já se desenvolveu bastante. Até o terceiro estágio, é passível de cura com cirurgia ou radioterapia, concomitante com quimioterapia", detalha o médico.
Estágios do câncer
Atualmente, os cânceres são classificados em quatro estágios, de muito precoce a avançado – quando há metástase –, e o tratamento administrado e a chance de sucesso também variam de acordo com o nível de avanço do tumor maligno no corpo do paciente. Segundo o oncologista, nos casos mais graves do câncer, são raras as vezes em que o paciente é curado. Além disso, há chance de a doença voltar.
"No quarto estágio, é uma doença muito difícil de obter a cura, e o tratamento tem como intuito controle do câncer".
Entenda abaixo o tratamento comumente utilizado para cada estágio da doença: