Nesta quinta-feira, 10, a Petrobras anunciou um reajuste nos preços da gasolina, diesel e do gás de cozinha. Nas distribuidoras, o aumento no preço médio da gasolina comum será de 18,8%, passando dos atuais R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro. Para o diesel, o reajuste será ainda maior, de 24,9%, saindo de R$ 3,61 para R$ 4,51 o litro. Conforme a Petrobras, os novos valores devem ser praticados a partir dessa sexta-feira, 11. Mas aqui em Maringá, novos preços dos combustíveis já são observados nas bombas.
De acordo com a última pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) – feita entre os dias 27 de fevereiro e 5 de março em 9 postos da cidade – o preço médio da gasolina comum em Maringá era de R$ 6,64, com o menor preço encontrado de R$ 6,51 e o maior de R$ 7,12 o litro.
Segundo o Procon de Maringá, a gasolina comum já é comercializada a R$ 7,25 o litro nesta quinta-feira, 10. O órgão informou que está realizando fiscalização nos postos de combustíveis da cidade nesta tarde e disse que, “em caso de flagrante de irregularidade, o Procon fotografa as placas com os preços e também as notas fiscais para fazer a devida autuação”.
Conforme o empresário Paulo Vital, embora o anúncio oficial da Petrobras seja por um aumento a partir dessa sexta, 10, outros reajustes já foram feitos pela estatal ao longo da semana, o que contribui para o aumento nos valores. “A Petrobras anunciou para amanhã o aumento. Só que desde o último sábado ela já vem, dia a dia, ajustando os valores. De sábado até hoje a Petrobras aumentou no óleo diesel, R$ 0,60; na gasolina em torno de R$ 0,15; e no etanol em torno de R$ 0,30. Ou seja, o aumento real, somado com o que foi anunciado para amanhã, o óleo diesel vai ter um aumento de cerca de R$ 1,50; a gasolina próximo de R$ 1 e o etanol em torno de R$ 0,30. Só que, além disso, ainda vão ter mais ajustes, esse é o problema”, destacou Vital.
Conforme o economista João Ricardo Tonin, o novo reajuste no preço dos combustíveis pode provocar uma reação em cadeia. “O fato que a gente tem que considerar neste momento é que essa avaliação, esse aumento de preço, tem impacto em cadeia. A primeira situação que a gente tem que considerar é que as famílias no último ano não tiveram aumento real de renda, ou seja, o custo de transporte abocanhará uma parcela maior no orçamento familiar, então haverá uma desistência ou uma perda de interesse em ter um veículo em casa. O transporte compartilhado também não terá o seu reajuste de preço no mesmo nível, os serviços praticados pela Uber, 99 e outras empresas, não serão repassados integralmente”, destaca o economista.