O veterinário Carlos Eduardo Siena, mestre pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), faz um alerta para o número crescente de tutores que estão procurando o consultório com seus animais infectados. O motivo seria as altas temperaturas que faz os vírus se replicarem mais rapidamente. O profissional observou nos pacientes que atende, que os casos são, em sua maioria, da doença cinomose.
Essa, segundo ele, é a maior causa de morte de animais não vacinados. “Para se ter uma ideia, em cada 10 atendimentos no começo desse ano, 4 são relacionadas à doença” afirmou Carlos Eduardo.
Pensando em esclarecer o assunto e fazer um alerta importante, o GMC Online preparou um questionário com perguntas e respostas sobre a doença que teve um aumento considerado, dentro da perspectiva do profissional.
1 – O que é cinomose?
É uma doença viral infectocontagiosa que afeta cachorros. É altamente contagiosa que pode levar à morte ou deixar graves sequelas nos cachorros que se curam dela. Costuma acometer cães que ainda não terminaram o esquema vacinal (filhotes) ou que não costumam receber o reforço anual da vacina múltipla (V8 e V10). O vírus da cinomose não traz riscos ao humano.
2 – Como os cães contraem cinomose?
O cão pode ser contaminado pelo vírus, de diversas formas. Entre elas, pelo contato com secreções (saliva e lágrima), urina e fezes infectadas pelos animais doentes. Além disso, casinha, cobertores e alimentos dos animais infectados também são fontes de infecção.
3 – Você observou um aumento de casos na clínica?
Nos últimos meses houve um aumento de 70% a 80% de casos de cinomose atendidos em meu consultório. A metade desses animais infelizmente foi a óbito ou teve que ser eutanasiado. Esse aumento considerável ocorre devido a alterações no clima como aumento de temperatura e umidade, o que favorece a manutenção do vírus, e a irresponsabilidade do tutor que deixa de vacinar seus animais.
4 – Como prevenir a cinomose?
A vacina para cinomose está dentro do pacote oferecido pelas vacinas V8 , V10. No caso de filhotes, devem receber três a quatro doses da vacina a partir de 45 dias de vida, com intervalo de 21 a 30 dias entre as aplicações. Os adultos que completaram o esquema de vacinação enquanto filhotes, devem receber a aplicação anual.