Durante reunião da Otan (Organização do Tratado do Atlântico norte) nesta sexta-feira (25), líderes da aliança militar condenaram “nos termos mais fortes possíveis” a invasão em larga escala da Rússia à Ucrânia possibilitada por Belarus. Eles também prometeram fortalecer o flanco leste da aliança.
Na presença do secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg, as lideranças instaram o governo russo a interromper imediatamente a intervenção militar e retirar as forças da Ucrânia.
“Este ataque há muito planejado à Ucrânia, um país independente, pacífico e democrático, é brutal e totalmente não provocado e injustificado”, apontaram, destacando que o mundo responsabilizaria Moscou e a Minsk pelos seus atos.
“Apelamos a todos os Estados para que condenem este ataque incondicional sem reservas. Ninguém deve ser enganado pela mentiras do governo russo”, acrescentou Stoltenberg.
A Otan também classificou a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, em avançar com suas tropas no território ucraniano como um “terrível erro estratégico”.
“A Rússia pagará um alto preço, tanto econômica quanto politicamente, nos próximos anos”, assinalaram os líderes, prometendo “sanções maciças e sem precedentes”.
A Embaixada Popular de Belarus no Brasil, que se posiciona como oposição ao presidente do país, o ditador Aleksander Lukashenko, declarou que condena veementemente a participação das tropas belarussas na incursão coordenada pelo Kremlin. “O povo não apoia isso. Infelizmente, pelo visto, [Lukashenko] vendeu a nossa soberania”, disse a embaixada.
Sviatlana Tsikhanouskaia, líder da oposição que foi forçada ao exílio na vizinha Lituânia após perder as eleições presidenciais com indícios de fraude que levaram Lukashenko ao sexto mandato consecutivo, disse que o líder de seu país e seu regime compartilham totalmente a responsabilidade pela guerra com o presidente russo.
“O líder ilegítimo de Belarus introduziu tropas estrangeiras e fez do nosso país um participante direto do conflito. Isso é traição e traição aos interesses do nosso povo e do Estado belarusso”.