Os NFTs (tokens não fungíveis) são uma verdadeira febre no mercado de criptomoedas. O ativo que atrai cada vez mais investidores, especialmente entre as celebridades, é vendido em formato digital e pode representar obras de artes, músicas, fotos, vídeos e até memes, desde que os itens tenham o seu certificado de propriedade e sejam considerados exclusivos.
Diante do seu potencial financeiro, os tokens não fungíveis também atraíram a atenção indesejada dos cibercriminosos. Para Andrew Martinez, CEO da HackerSec, empresa que atua no ramo de cibersegurança no Brasil, os tokens não-fungíveis “oferecem um mundo totalmente novo” e extremamente rentável. Entretanto, é necessário estar atento aos seus riscos.
Um dos sinais de alerta, segundo o executivo, é justamente o potencial de roubo de arte digital que pode ocorrer no meio dos NFTs. Confira outros fatores que devem ser considerados antes de investir nos tokens não fungíveis.
Como as vendas de NFTs ainda não são regulamentadas, isso dificulta a proteção das negociações, deixando o consumidor e os artistas mais vulneráveis.
De julho a setembro de 2021, a plataforma DeviantArt, que permite expor obras do mundo inteiro, identificou mais de 11 mil peças roubadas e comercializadas na internet como tokens não fungíveis.
“Há plataformas inclusive que não se responsabilizam pela autenticidade dos ativos vendidos, nem possuem sistemas de prevenção de fraudes”, acrescentou Martinez. O que já está sendo explorado por golpistas para obter ganhos financeiros.
Como ainda não há nenhum meio legal que garanta que a compra e venda de NFTs tenha veracidade garantida, o especialista recomenda que ao adquirir um token não fungível, o artista ou comprador, realize uma boa pesquisa sobre a procedência do ativo.
“É possível verificar antes da compra se o autor original confirmou se obra se tornou um NFT. Isto evita que alguém seja enganado”, complementa Andrew.
Como os tokens e as criptomoedas precisam ser mantidos em uma carteira digital ou wallet, os investidores não estão livres de sofrer ainda com clonagem e/ou roubo de suas credenciais.
“Devemos nos atentar onde armazenamos nossos ativos digitais. A proteção dos ativos a partir de sites de exchanges e contas de e-mail associadas com senhas fortes e autenticação de dois fatores, minimiza os riscos”, avalia o especialista.
No fim, Andrew Martinez recomenda investir em uma “solução de segurança robusta” para proteger os dispositivos usados para manusear os ativos digitais. “Principalmente no caso dos NFTs, que ainda é considerado algo novo no mercado”, conclui o executivo.
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