SaĂșde CoronavĂ­rus

Atuação do TCE contribui para melhorar a vacinação contra a Covid no Paraná

Por Jornalista Luciana Pombo

29/06/2021 às 08:41:05 - Atualizado hĂĄ
Folha de Palotina

A atuação do Tribunal de Contas estĂĄ contribuindo para melhorar o acesso da população paranaense à vacinação contra o coronavĂ­rus. Essa constatação estĂĄ em relatório concluĂ­do nesta segunda-feira (28/06/2021) pela Coordenadoria-Geral de Fiscalização (CGF) em conjunto com a Terceira Inspetoria de Controle Externo (3ÂȘ ICE), unidade da Casa que atualmente fiscaliza a Secretaria de Estado da SaĂșde (Sesa).

O relatório enumera ações do TCE-PR em oito frentes, todas com sensĂ­veis resultados na melhoria da transparĂȘncia e do acesso dos cidadãos à vacinação. A Corte passou a acompanhar o processo de vacinação em 25 de janeiro deste ano, simultaneamente ao inĂ­cio da imunização contra o coronavĂ­rus no Estado.

Uma das melhorias obtidas nesses cinco meses de atividades foi o aperfeiçoamento da forma de distribuição dos imunizantes aos municĂ­pios pela Secretaria de Estado da SaĂșde. O objetivo é evitar grandes discrepâncias entre o nĂșmero de habitantes dos municĂ­pios e o total de doses recebidas por eles.

Os técnicos do Tribunal não encontraram distorções na distribuição de vacinas pela Sesa aos 399 municĂ­pios paranaenses, quando levados em conta os critérios estabelecidos pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) definido pelo Ministério da SaĂșde, que teve a sua estratégia orientada pela priorização de grupos especĂ­ficos. "Embora não se tenha encontrado distorções, foi identificada uma oportunidade de aperfeiçoamento quanto aos critérios de distribuição, que foi aproveitada pela Sesa no curso das tratativas com o Tribunal de Contas", explica Rafael Ayres, coordenador-geral de Fiscalização do TCE-PR.

"Isso deu origem a uma resolução na instância competente de pactuação do SUS (Sistema de SaĂșde Único), que envolve o Estado e municĂ­pios, reformulando-se o critério de distribuição de vacinas no grupo de população geral. Tal medida, no entendimento dos técnicos, colabora com a uniformização do ritmo de vacinação dentre os municĂ­pios, inclusive contribuindo para que haja uma maior aderĂȘncia ao calendĂĄrio estadual de vacinação por idade da população geral", completou Ayres.

TransparĂȘncia

O desempenho e a transparĂȘncia sobre a aplicação das doses recebidas pelas secretarias municipais de SaĂșde também foram melhorados graças ao trabalho do Tribunal de Contas. A partir da constatação de grandes diferenças entre o nĂșmero de doses recebidas e efetivamente aplicadas, segundo os dados registrados pelos próprios municĂ­pios no Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização (SI-PNI) do Ministério da SaĂșde, o TCE-PR cobrou medidas corretivas, com a notificação de municĂ­pios que estavam com Ă­ndice de aplicação inferior a 60% do nĂșmero de vacinas recebidas – o que geraria um "estoque" de imunizantes.

O resultado foi imediato. Entre 10 e 24 de junho, a relação entre nĂșmero de doses aplicadas pelos 399 municĂ­pios paranaenses em comparação ao total recebido passou de 78,85% para 89,23%, em média. No mesmo perĂ­odo, o nĂșmero de municĂ­pios que haviam aplicado menos de 60% das vacinas recebidas caiu de 16 para nenhum.

Em outra frente, o TCE-PR também atuou para garantir o respeito à ordem de prioridade da vacinação. A partir da constatação de indĂ­cios de que agentes polĂ­ticos – ex e atuais prefeitos e vereadores – teriam furado a fila da imunização, o Tribunal enviou 31 Apontamentos Preliminares de Acompanhamento (APAs), cobrando explicações das prefeituras sobre as supostas irregularidades.

Em trĂȘs casos, nos quais não foram apresentadas justificativas plausĂ­veis, foram abertas Tomadas de Contas ExtraordinĂĄrias, para apurar responsabilidades. Esses processos jĂĄ estão em trâmite e poderão resultar em sanções, incluindo a aplicação de multas. Os demais procedimentos estão em anĂĄlise, tendo o TCE-PR acolhido algumas das explicações.

ITP Covi-19

A fiscalização do TCE-PR também contribuiu para melhorar a transparĂȘncia do processo de vacinação. Com a aplicação do Índice de TransparĂȘncia da Administração PĂșblica (ITP) – Vacinação Covid-19, desenvolvido por sua equipe técnica, o Tribunal elaborou um ranking dos municĂ­pios. Foram considerados critérios como a divulgação de informações relativas ao processo de vacinação, o respeito à ordem dos grupos prioritĂĄrios de imunização e à disponibilização de canais para os cidadãos denunciarem irregularidades, como os fura-filas da vacina, por exemplo.

Também graças ao trabalho do TCE-PR, 97% dos municĂ­pios comprovaram a implementação de plano local de vacinação, seguindo as normas de priorização definidas pelo Ministério da SaĂșde. Por meio da Nota Técnica nÂș 12/21, o Tribunal posteriormente recomendou aos municĂ­pios realizar a busca ativa de cidadãos que estavam em atraso na segunda dose da vacinação.

"Constatamos que, a partir do nosso trabalho de fiscalização, houve um grande esforço dos entes pĂșblicos para melhorar o processo de imunização e a transparĂȘncia das informações prestados ao controle externo e ao controle social", destaca Ayres.

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