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Quais são os riscos que as festas ainda representam em meio à pandemia de covid-19?

Por Brasil de Fato

03/01/2022 às 12:46:00 - Atualizado hĂĄ
Brasil de Fato

Os riscos de infecção de covid-19 ainda são altos em ambientes de aglomeração e sem proteção.

Depois da terceira semana epidemiológica seguida de queda do nĂșmero de casos confirmados de covid19, a Ășltima semana epidemiológica, do dia 26 de dezembro de 2021 a 1Âș de janeiro de 2022, registrou mais que o dobro de casos em relação à Ășltima.

Foram 56.881 infectados diante de 22.283 registrados na semana anterior, segundo o Conselho Nacional de SecretĂĄrios de SaĂșde (Conass).

Dois eventos estão atrelados ao aumento: a circulação da variante ômicron em território brasileiro e a realização de festas de fim de ano.

Nas duas Ășltimas semanas de dezembro, em São Paulo, que concentra o maior nĂșmero de casos e óbitos do paĂ­s, a quantidade de internações por covid-19 voltou a crescer.

Segundo o Instituto Butantan, a presença da variante ômicron aumentou 12 vezes em sete dias.

Mais transmissĂ­vel

De acordo com especialistas, a variante tem se mostrado, ainda que menos letal do que as anteriores, mais transmissĂ­vel, o que eleva o nĂ­vel de preocupação com as festas de fim de ano e o Carnaval.

Segundo Hélio Bacha, médico do Hospital Albert Einstein e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), as próximas semanas devem registrar um aumento ainda maior no nĂșmero de casos.

"A nova versão do SARS-CoV-2 é a variante com altĂ­ssima capacidade de difusão através de infecção de outras pessoas", afirma.

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Hong Kong (HKUMed, na sigla em inglĂȘs), divulgado no começo da segunda quinzena de dezembro, mostrou que a ômicron se multiplica 70 vezes mais rĂĄpido nos brônquios do que as outras cepas.

Ao mesmo tempo,"nós convivemos com uma com uma nova variante da gripe, que é a influenza H3N2, que tem sido bastante importante no nĂșmero de casos. Se continuar com esses festejos todos, a nossa condição vai ser de piora", alerta.

Momento é de prudĂȘncia

"Não adianta não ter Carnaval se nós temos um carnaval todo dia. Nós temos tido um carnaval nas praias", alerta Bacha.

"Em São Paulo, as praias e os restaurantes estão hiper lotados, com o não uso adequado de mĂĄscaras. As nossas recomendações parecem abolidas pelo término da pandemia, o que não aconteceu."

Para o infectologista, portanto, o momento continua a ser de prudĂȘncia. "A prudĂȘncia é agora até pra mantermos as nossas atividades, para mantermos algum grau de economia essencial funcionando. Quando a situação perde o controle, nós temos aĂ­ tem uma regressão importante".

"Nós temos uma variante e isso nos faz ver que ainda a guerra não acabou, a pandemia continua, com roupas novas. Nós temos que fazer um apelo para que as autoridades tenham mĂ­nimo de compreensão do momento em que vivemos", afirma.

Bacha reconhece que a situação atual do paĂ­s não é a mesma de meses anteriores, como março e abril, com a explosão do nĂșmero de casos e mortes. "A nossa condição hoje não é a mesma do começo do ano. Nós podemos ter atividades, mas temos que ter limites dessas atividades para que possam continuar."

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