Os músicos Marcelo Oliveira e Eleni Bettes relembram histórias e destacam a importância da carreira do regente, que comandou as orquestras sinfônicas Nacional e do Paraná. A carreira e a importância do maestro, pianista e compositor curitibano Alceo Bocchino para a música paranaense são tema do 49º episódio do PodParaná, publicado nesta sexta-feira (29).
Bocchino, que nasceu em 1918 e morreu no Rio de Janeiro em 2013, dedicou mais de 80 anos de vida à música. Entre os principais feitos estão a participação na criação da Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) e a parceria com Heitor Villa Lobos, o maior nome da música clássica brasileira.
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PodParaná: toda sexta-feira um novo episódio
Arte/RPC
Segundo o músico e integrante da OSP, Marcelo Oliveira, Bocchino tem uma obra que o coloca "em qualquer enciclopédia musical do mundo inteiro".
"Ele foi um personagem tão importante no cenário musical brasileiro há tantos anos que é tão estranho ele não ser tão famoso quanto o Villa Lobos", disse o músico.
De acordo com Oliveira, Bocchino influenciou figuras reconhecidas da música brasileira. Por exemplo, foi professor de Tom Jobim, com quem apresentou a peça musical Sinfonia da Alvorada, obra feita por Jobim e Vinícius de Moraes em homenagem à construção de Brasília.
Alceo Bocchino e Tom Jobim reunidos para apresentação em Brasília
Ana Lontra Jobim/Acervo Jobim
Maestro emérito
Segundo Oliveira, o maestro passou maior parte da carreira dele no Rio de Janeiro. "Era um fervo cultural de onde não tinha como fugir", disse. Foi na capital fluminense onde Bocchino foi regente da Orquestra Sinfônica Nacional por 13 anos.
No entanto, ao final da carreira, Alceo voltou para Curitiba, onde foi o primeiro maestro da Orquestra Sinfônica do Paraná, criada nos anos 80.
De acordo com a fundadora da orquestra, Eleni Bettes, a escolha de Alceo como maestro foi uma forma de reconhecer a importância do músico para a cultura paranaense. A escolha, no entanto, aconteceu de maneira curiosa.
"Ele estava na banca para seleção de maestro, e não passou ninguém. Eis que surgiu a sugestão para que o Bocchino fosse o maestro emérito", contou.
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Curitibano Alceo Bocchino dedicou mais de 80 anos à música
Reprodução/RPC
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