Um levantamento divulgado esta semana pela Atlas VPN, empresa especializada em soluções de privacidade e segurança digital, aponta que mais de US$1,13 bilhão de dólares, o que corresponde a mais de R$6 bilhões, foram roubados em criptomoedas por hackers apenas entre o início de julho e o fim de setembro de 2021.
Segundo a pesquisa, em torno de 70% (US$800 milhões – R$4,6 bilhões) desse valor foi desviado de usuários ou aplicações da rede Ethereum, que teve 20 invasões em seu ecossistema. Somente em uma dessas invasões, foram roubados mais de US$270 milhões de dólares (equivalentes a mais de R$1,6 bilhões). Trata-se do ataque à Poly Network, que ficou conhecido como o maior desvio da história das criptomoedas.
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Depois do ecossistema Ethereum, o segundo maior alvo foram as corretoras de criptomoedas, que tiveram US$114 milhões (R$644 milhões) subtraídos em golpes, sendo 86% desse montante em um único ataque, feito à Liquid.
Em seguida, aparecem as aplicações da Binance Smart Chain, o ecossistema Polygon e a rede EOS, que, juntos, tiveram mais de US$27 milhões (R$153 milhões) desviados. O restante do valor foi distribuído em 28 hacks à ecossistemas menores ou com o lançamento de falsas criptomoedas.
Conforme destaca a revista Exame, a maioria desses ataques corresponde à exploração de falhas nos protocolos ou nos sistemas de segurança de projetos e plataformas, e também a práticas como phishing e outros métodos para o roubo de credenciais de acesso a sistemas de custódia, como carteiras e contas em exchanges.
A pesquisa da Atlas VPN também traz um dado alarmante: os três primeiros trimestres de 2021 registraram volume maior de roubo de criptomoedas do que todo o ano de 2020. Foram 146 registros até setembro de 2021, contra 122 em 2020.
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