Allan dos Santos é investigado no STF em dois inquéritos: o que apura a divulgação de fake news e ataques a integrantes da Corte e também no que identificou a atuação de uma milícia digital que trabalha contra a democracia e as instituições no país.
Moraes ordenou que a Polícia Federal inclua o mandado de prisão na lista da Difusão Vermelha da Interpol e acionou a embaixada dos Estados Unidos. A decisão do ministro atende a um pedido da Polícia Federal. A Procuradoria-Geral da República se manifestou contra a prisão.
De acordo com a PF, sob o “pretexto de atuar como jornalista”, Allan organizou um movimento forte de atuação nas redes sociais que tem como integrantes militantes digitais e parlamentares bolsonaristas, cujo objetivo é publicar, financiar e distribuir conteúdo político visa desestabilizar as instituições democráticas.
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Invasão do Capitólio
A ordem de prisão cita o vínculo do blogueiro de extrema-direita com um extremista norte-americano que invadiu o Capitólio dos EUA em janeiro deste ano, numa tentativa de impedir a ratificação da vitória do democrata Joe Biden. A ação dos radicais de direita resultou em cinco mortes.
Segundo um relatório da Polícia Federal que investigou Allan dos Santos, atualmente vivendo nos EUA para fugir do cerco imposto pela Justiça brasileira por suas atividades alegadamente criminosas que dão sustentação à base extremista de Bolsonaro nas redes, o blogueiro mantém proximidade com Jonathon Owen Shroyer, um cidadão estadunidense que está sendo processado no Judiciário de seu país por ter participado da invasão ao Capitólio.
Allan teria usado até o canal no YouTube do extremista estrangeiro para fazer suas transmissões voltadas ao público ultrarreacionário do presidente brasileiro.
Revista Fórum