O início da primavera é a época de reprodução dos gambás, animais silvestres que vira e mexe aparecem nos quintais e casas e muitas vezes não sabemos o que fazer. Essa aparição deles nas cidades é chamada de sinantropia, a adaptação de animais que vivem na natureza no meio urbano.
E os gambás são animais fundamentais para o equilíbrio do ecossistema. E o estigma de que são animais que exalam cheiro ruim precisa ser quebrado, diz o comandante da Polícia Militar Ambiental, tenente Ulisses de Deus. Segundo ele, a espécie de gambá que habita na região é, inclusive, dócil.
"Primeira informação que é extremamente importante é romper com o estigma do gambá. Todos têm a impressão de que é um animal com mau cheiro, agressivo e não é assim. O que nós temos aqui é um marsupial que tem como característica a docilidade, não é um animal agressivo, além de ter uma função muito importante, por se alimentar de aranhas e escorpiões, por exemplo", explicou.
O comandante explica que, caso um gambá apareça no quintal da sua casa, não é necessário acionar a Polícia Ambiental. Apenas quando houver algum tipo de risco.
Nesse período de reprodução dos gambás, o Instituto Água e Terra faz um alerta. Segundo dados do órgão, somente em setembro 95 gambás, 90 deles filhotes, foram resgatados pelo órgão no litoral do Paraná, disse a bióloga do IAT, à Agência Estadual de Notícias, Fernanda Felisbino.
"Os gambás também se alimentam de animais peçonhentos como cobras, escorpiões e carrapatos, que podem transmitir zoonoses aos seres humanos, como a febre maculosa, por exemplo", afirmou.