O ex-presidente José Sarney declarou na manhã deste sábado (15) que os acontecimentos recentes sobre plano de golpe de Estado no Brasil foram "extremamente danosos" e "repugnados pelo povo brasileiros e todas as classes".
O ex-presidente José Sarney declarou na manhã deste sábado (15) que os acontecimentos recentes sobre plano de golpe de Estado no Brasil foram "extremamente danosos" e "repugnados pelo povo brasileiros e todas as classes".
A fala foi na Praça dos Três Poderes, em Brasília, durante evento que marca os 40 anos da redemocratização no Brasil.
"Eu acho que esses acontecimentos foram extremamente danosos e ao mesmo tempo repugnados pelo povo brasileiro e por todas as classes, mas nós tivemos a certeza de que as instituições que foram criadas por nós durante a transição, elas foram tão fortes que já atravessaram dois impeachments, uma tentativa de mudança do Estado de lei. No dia 8 de janeiro e agora, livremente, o nosso Supremo Tribunal está julgando o que ele apurar que sejam culpados", declarou Sarney.
O evento no Panteão da Pátria tem objetivo de "reconhecer o papel dos personagens" de destaque na reconstrução da democracia, segundo os organizadores.
A data marca o dia em que o ex-presidente José Sarney assumiu o comando do Brasil, em 1985, após 21 anos de ditadura militar.
"Nós estamos em plena democracia, funcionando. Como todo país funciona. Nos Estados Unidos, eles tiveram quase a mesma situação e não abalaram a democracia americana. E aqui também não, porque nós estamos com as instituições muito fortes, das Forças Armadas, do Poder Civil, do Congresso, dos tribunais e a sociedade funcionando livremente. Nós estamos num clima de absoluta liberdade que conquistamos o povo brasileiro através da transição democrática. Agora, o que devemos ter presente é sempre aquilo que nós, que eu fui membro da UDN antigamente, nós temos como bandeira: Liberdade e eterna vigilância", destacou o ex-presidente e ex-senador.
Em texto inédito publicado neste sábado (15) no portal da CNN, o ex-presidente afirma ter orgulho de dizer: "A democracia não morreu em minhas mãos; ao contrário, floresceu”.