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Bem Viver: pequenos produtores apostam em "barraginhas" para mitigação climática na Amazônia

Embora estejam entre os mais afetados pelos impactos de mudanças climáticas, entre secas extremas e graves enchentes, os pequenos produtores têm apostado na tecnologia de barraginhas, que são bacias escavadas no solo, uma alternativa agroecológica barata e eficiente para coleta de água das chuvas, contenção de erosões e redução desses impactos.

Por Da Redação

01/06/2024 às 14:23:20 - Atualizado há

Embora estejam entre os mais afetados pelos impactos de mudanças climáticas, entre secas extremas e graves enchentes, os pequenos produtores têm apostado na tecnologia de barraginhas, que são bacias escavadas no solo, uma alternativa agroecológica barata e eficiente para coleta de água das chuvas, contenção de erosões e redução desses impactos.

Nesta edição, o Bem Viver – programa do jornal Brasil de Fato – mostra como as Organizações da Rede de Agroecologia do Maranhão (Rama) desenvolvem um projeto de barraginhas junto a 20 famílias de comunidades rurais do estado, que encontraram na ferramenta uma poderosa estratégia na proteção das florestas da Amazônia e na promoção de ações climáticas significativa.

"Essa técnica tem sido implantada nessa perspectiva de melhorar o trabalho da agroecologia, melhorar o solo e, automaticamente melhoras as condições produtivas. Nós entendemos que técnicas como essa, que fortalecem a agroecologia, também são interessantes para combater as crises climáticas, construir justiça climática e tornar as comunidades e territórios mais resilientes e, assim, construir estratégias de convivência com esse sistema", como explica Raimundo Alves, Coordenador da Associação Comunitária de Educação e Saúde em Agricultura (Acesa).

As famílias recebem ainda o acompanhamento do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA), grupo de pesquisa ligado à Universidade Federal do Maranhão responsável pela coleta e sistematização de dados científicos ao longo do projeto.

"As próprias comunidades conseguiram entender e colocar em prática a vivência delas em relação às mudanças climáticas no local e como a agroecologia pode contribuir nesse processo de qualidade de vida e uma alimentação sem veneno", explica Ana Lourdes Ribeiro, uma das pesquisadoras e educadora ambiental que acompanha o projeto.

As barraginhas fazem parte de um sistema que proporcionam o acúmulo da água no lençol freático para alimentar todo o sistema, inclusive o sistema de agricultura familiar, que é o Sistema Agroflorestal (SAF), então a expectativa é a melhoria de todo o microclima, do solo e da produção local de cada comunidade.


Aos 22 anos, Wesley já implantou cinco barraginhas na propriedade da família e comemora os resultados. / Acesa

Wesley Nascimento, da comunidade Vila Bom Jesus, localizada em Lago Verde, no Maranhão, é um dos produtores que aderiu à barraginhas em sua propriedade de dez hectares, e em menos de um ano, já comemora os primeiros benefícios da implantação de cinco unidades, aliadas ao sistema agroflorestal.

"A gente já consegue ver alguns benefícios, que são a visita de animais silvestres, aves como inhumas, socó, também tem alguns animais como a capivara, que a gente já consegue ver, já tem mais ou menos umas dez capivaras visitando a área, porque tem bastante água, a gente consegue ver também tatu, a cutia, a paca", comemora Wesley.


Ao umedecer as baixadas, as barraginhas favorecem condições para uma agricultura de qualidade. / Acesa

A ideia de barraginhas surgiu há mais de 30 anos no Brasil, especialmente em razão dos períodos de poucas chuvas e do desmatamento, a partir da construção de bacias dispersas nas propriedades, preservando o solo e promovendo a recarga dos lençóis freáticos, que abastecem nascentes, córregos e rios, apresentando resultados

"E assim, a gente sabe que é um processo, estamos no início, é com o decorrer do tempo que vai acontecendo, mas já de início, a gente consegue ver que tem resultados. A gente consegue ver que é um projeto gratificante, que daqui a dois a cinco anos, a natureza vai começar a agradecer", complementa Wesley.

E tem mais...

O programa traz também uma conversa com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Vamos entender como governo está atuando para aumentar número de mulheres na política.

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Solidariedade RS

Hoje a Cozinha Solidária do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) distribui 3.226 marmitas diárias na capital gaúcha. São cerca de quatro toneladas de alimentos confeccionados e distribuídos em várias regiões acessíveis apenas de barco. As entregas são feitas em vários pontos de Porto Alegre, atendendo pessoas atingidas desde o Morro da Cruz até as ilhas.

Você também pode contribuir com as cozinhas solidárias neste momento difícil do Rio Grande do Sul através do site apoia.se/enchentesRS e também via PIX: [email protected] ou via depósito bancário pelos dados: Banco Itaú: agência: 4300; conta corrente: 99.707-1

Quando e onde assistir?

No YouTube do Brasil de Fato todo sábado às 13h30, tem programa inédito. Basta clicar aqui.

Na TVT: sábado às 13h30; com reprise domingo às 6h30 e terça-feira às 20h no canal 44.1 – sinal digital HD aberto na Grande São Paulo e canal 512 NET HD-ABC.

Na TV Brasil (EBC), segunda-feira às 6h30.

Na TVCom Maceió: sábado às 10h30, com reprise domingo às 10h, no canal 12 da NET.

Na TV Floripa: sábado às 13h30, reprises ao longo da programação, no canal 12 da NET.

Na TVU Recife: sábados às 12h30, com reprise terça-feira às 21h, no canal 40 UHF digital.

Na TVE Bahia: sábado às 12h30, com reprise quinta-feira às 7h30, no canal 30 (7.1 no aparelho) do sinal digital.

Na UnBTV: sextas-feiras às 10h30 e 16h30, em Brasília no Canal 15 da NET.

TV UFMA Maranhão: quinta-feira às 10h40, no canal aberto 16.1, Sky 316, TVN 16 e Claro 17.

Sintonize

No rádio, o programa Bem Viver vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, com reprise aos domingos, às 10h, na Rádio Brasil Atual. A sintonia é 98,9 FM na Grande São Paulo e 93,3 FM na Baixada Santista.

O programa também é transmitido pela Rádio Brasil de Fato, das 11h às 12h, de segunda a sexta-feira. O programa Bem Viver também está nas plataformas Spotify, Google Podcasts, Itunes, Pocket Casts e Deezer.

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