O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) deferiu o pedido da defesa do policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu.
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) deferiu o pedido da defesa do policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o guarda municipal Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu. Com isso, o julgamento dele foi suspenso e ainda não tem data para acontecer.
Guaranho seria submetido ao júri popular a partir do dia 2 de maio em Foz do Iguaçu. A defesa do policial solicitou que o julgamento fosse transferido para outra cidade alegando comoção popular causada pelo crime e pela influência da vítima e pessoas ligadas a ele.
O crime aconteceu em julho de 2022, quando Marcelo Arruda comemorava o aniversário de 50 anos em uma festa com a temática do PT. Guaranho, simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro, invadiu o local e, após bate-boca e tiroteio, matou o tesoureiro do PT. Ele também foi baleado no confronto.
O desembargador substituto Sérgio Luiz Patitucci considerou que o caso teve grande repercussão na mídia nacional, impondo ao fato motivação política. Ele também argumenta que políticos de renome se manifestaram sobre o julgamento do caso.
"Ressalte-se que a vítima era guarda municipal e diretor do Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais de Foz do Iguaçu, sua companheira possui um cargo em Itaipu Binacional, e o corpo de jurados é composto por sete funcionários de Itaipu e 21 funcionários municipais de Foz do Iguaçu, o que pode influenciar na decisão dos jurados", diz a decisão de Patitucci que suspendeu o julgamento de Guaranho.
Na decisão, o desembargador decide determinar a suspensão do júri para que o pedido da defesa seja melhor analisado e, caso seja necessário, definir em qual comarca e em qual data o julgamento será realizado.
"Desta forma, diante da relevância dos motivos alegados pela defesa do réu, defiro o pedido de liminar, para o fim de determinar a suspensão do julgamento na Comarca de origem, até ulterior deliberação, para que seja possível o aprofundamento dos argumentos trazidos pelo autor".
Não foi a primeira vez que o julgamento de Jorge Guaranho foi adiado. A primeira data anunciada foi 7 de dezembro do ano passado, mas precisou ser remarcado para 4 de abril de 2024.
O julgamento começou, mas teve que ser suspenso depois que a defesa de Guaranho abandonou o plenário alegando não ter pedidos aceitos pelo juiz.
Jorge Guaranho é acusado de matar Marcelo Arruda em julho de 2022. O guarda municipal e tesoureiro do PT comemorava seu aniversário de 50 anos em uma festa temática do partido de Lula em um clube da cidade.
O então policial penal teria invadido a festa e, depois de uma discussão, os dois trocaram tiros e foram feridos. Marcelo foi levado ao hospital, mas morreu no dia seguinte.
Guaranho sobreviveu e foi levado até o Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba onde ficou preso até retornar para Foz às vésperas de 4 de abril, quando o júri foi iniciado.
Jorge Guaranho está preso na Cadeia Pública Laudemir Neves, em Foz do Iguaçu, mas deve ser transferido novamente para Pinhais enquanto uma nova da não é definida para seu julgamento.
Relembre o caso
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