FPA discute estratégias diante da previsão de quebra de safra

Lupion defende medidas como política de preço mínimo, acesso a crédito e antecipação de pagamentos

Da Redação com FPA

A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) se reuniu na terça-feira (20) para discutir os principais desafios que o setor enfrenta neste início de ano, incluindo a quebra de safra, a queda dos preços das commodities e os protestos dos produtores europeus.

O presidente da FPA, deputado Pedro Lupion (PP-PR), alertou para a gravidade da crise no setor, que combina a quebra de safra com a desvalorização das commodities. “Essa crise precisa ser contida”, disse Lupion, defendendo medidas como a política de preço mínimo, o acesso a crédito e a antecipação de pagamentos aos produtores.

O parlamentar destacou que o problema é especialmente grave no Mato Grosso, maior produtor de grãos do país. “Não estamos falando só de soja, mas também de milho e da arroba do boi”, disse Lupion, que se comprometeu a pressionar o governo por soluções.

A FPA também se posicionou contra a reoneração da folha de pagamento, estabelecida na MP 1202/2023. Lupion reiterou que a bancada não aceitará a medida, que considera prejudicial à geração de emprego e renda.

Lupion também abordou os protestos dos produtores europeus, destacando as diferenças entre as realidades do Brasil e da Europa. “A Europa vive um momento completamente distinto do nosso”, disse o parlamentar, que descartou a necessidade de protestos semelhantes no Brasil.

Greve de fiscais agropecuários

A FPA também manifestou preocupação com a possível greve dos fiscais agropecuários, que pode afetar a produção do país. Lupion defendeu a regulamentação do autocontrole nas plantas frigoríficas, como forma de evitar impactos negativos na economia.

Outras demandas

A FPA também discutiu outras demandas do setor, como a necessidade de investimentos em infraestrutura, a regularização fundiária e a abertura de novos mercados para os produtos brasileiros.