A hanseníase – uma das mais antigas doenças registradas na história da humanidade, anteriormente chamada de lepra – é o tema da palestra ministrada pelo dermatologista Marcus Henrique Sakumoto, que atua no Ambulatório de Infectologia da Secretaria de Saúde de Umuarama (SMS).
A hanseníase – uma das mais antigas doenças registradas na história da humanidade, anteriormente chamada de lepra – é o tema da palestra ministrada pelo dermatologista Marcus Henrique Sakumoto, que atua no Ambulatório de Infectologia da Secretaria de Saúde de Umuarama (SMS). O trabalho faz parte das ações programadas para o Janeiro Roxo, campanha nacional de conscientização para a prevenção desta enfermidade.
A capacitação foi destinada aos médicos que atuam nas unidades de saúde do município e realizada no auditório da SMS. O dermatologista frisa que a hanseníase, causada pelo bacilo Mycobacterium leprae, tem controle e cura, porém é necessário que o paciente faça o tratamento corretamente, que não exige isolamento do paciente e terapia feita com Poliquimioterapia (PQT), por via oral, administrada em associação com medicamentos antimicrobianos.
"É preciso acompanhar o paciente para garantir que ele não interrompa a medicação", frisou Sakumoto.
A coordenadora do Ambulatório de Infectologia, Maria de Lourdes Gianini, conta que em 2023 foram registrados oficialmente 10 casos em Umuarama – no ano anterior foram sete, em 2021, quatro, nos anos de 2019 e 2020 foram 17 –, ou seja, a unidade acompanha o tratamento de ao menos 20 pacientes.
"A hanseníase pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento for inadequado, desta forma, a capacitação de médicos e outros profissionais de saúde sobre o tema é fundamental", indica.
A enfermeira Iolanda Yoko Tominaga, que também faz parte da equipe de profissionais do Ambulatório de Infectologia, destaca que desde o início dos cuidados a doença deixa de ser contagiosa.
"É preciso lutar para acabar com o preconceito. No Ambulatório nós oferecemos todo apoio necessário aos pacientes, que iniciam o tratamento – que leva de seis meses a um ano – e já não transmitem a doença", ressalta, acrescentando que no dia 30 ela ministrará palestra sobre prevenção da hanseníase para usuários do Albergue Apromo.
O dia 31 de janeiro é o Dia Mundial de Combate e Prevenção da Hanseníase. "E o Janeiro Roxo tem programação especial que inclui a capacitação de agentes comunitários de saúde que atuam na Atenção Primária em Saúde (APS), profissionais que atuam na área, estudantes de Enfermagem e Medicina e para todas as pessoas interessadas em saber mais sobre o tema.
(Com informações PMU)