PolĂ­tica ViolĂȘncia contra a mulher

Cartilha reúne orientações às brasileiras no exterior sobre violência

Por Agência Brasil

16/01/2024 às 13:21:30 - Atualizado hĂĄ
Foto: Reprodução internet

Orientações e informações sobre formas de identificar e denunciar diferentes tipos de violĂȘncia contra a mulher foram reunidas em uma cartilha que tem como pĂșblico-alvo brasileiras que vivem em outros paĂ­ses. Embora sujeitas a legislações diferentes das do Brasil, a ferramenta destaca que a rede consular é um local seguro para amparo e denĂșncias.

Lançada por meio de iniciativa conjunta dos ministérios das Relações Exteriores e das Mulheres, a cartilha define a violĂȘncia como "mecanismo de controle da autonomia, da liberdade e dos corpos de meninas e mulheres. Trata-se de grave violação dos direitos humanos e um problema de saĂșde pĂșblica", alerta.

Formas de violĂȘncia

No texto são descritas as diferentes formas em que uma mulher pode ser violada, como fĂ­sica, psicológica, sexual, patrimonial e moral. Cartilha explica também o ciclo em que a violĂȘncia costuma se manifestar nos repetidos episódios, que costumam ter graus de violĂȘncia cada vez mais aumentados.

De acordo com a cartilha, esses ciclos são compostos pelas fases de tensão, quando a raiva é manifestada na forma de xingamento, insultos e ameaças; fase de agressão, quando o descontrole explode na forma de agressão; e a fase de "lua de mel", quando o violentador pede perdão, manifesta arrependimento e promete mudar com carinho e atenção.

Relação abusiva

São ainda descritos alguns sinais das relações abusivas como excesso de ciĂșme e controle, explosões de raiva, chantagens e ameaças por parte do agressor, além de dependĂȘncia afetiva, sentimento de isolamento e solidão, e medo de sofrer mais agressões, por parte da vĂ­tima.

Proteção

Entre as dicas para se proteger da violĂȘncia, estĂĄ a busca por apoio e suporte social de instituições e serviços, independentemente da situação migratória. O texto esclarece que o consulado ou embaixada do Brasil é o serviço do Estado para apoiar as comunidades brasileiras no exterior e complementa "O consulado ou embaixada do Brasil não irĂĄ denunciĂĄ-la às autoridades migratórias. É comum que o agressor use esse tipo de chantagem."

Na ferramenta são divulgados ainda os possĂ­veis caminhos a seguir para denunciar, como o endereço eletrônico do Portal Consular; o nĂșmero de Whatsapp da Central do Ligue 180 que pode ser acessado pelo +55 (61) 9610-0180, ou por QR Code; além do site do Fala BR, da Controladora-Geral da União.

Convenção de Haia

A cartilha alerta sobre as consequĂȘncias legais do deslocamento internacional de menores sem a autorização dos genitores, conforme prevĂȘ a Convenção de Haia. "É importante que mulheres que queiram viajar com seus filhos tenham a autorização do pai para evitar sofrer acusação de sequestro/subtração, que pode levar à perda da guarda."

O texto indica também o canal de comunicação com a AssistĂȘncia JurĂ­dica Internacional da Defensoria PĂșblica da União. Orienta ainda sobre como pesquisar os paĂ­ses que assinam a Convenção de Haia.

Golpes pela internet

Um dos possĂ­veis caminhos para a violĂȘncia apontado no material é a internet, por meio de golpes de relacionamentos virtuais ou propostas de emprego no exterior. A cartilha dĂĄ dicas de como se proteger e ficar atenta aos indĂ­cios de possĂ­veis abusos, como roubo e violĂȘncias. Também disponibiliza o nĂșmero telefônico do Plantão Consular do Itamaraty: +55 (61) 9 8260-0610.

Para consultar a cartilha completa, acesse aqui.

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