Geral Cesta básica

Dieese: preço da cesta básica diminuiu em 15 capitais em 12 meses

Os dados são Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos em 17 capitais

Por Biznews

10/01/2024 às 07:30:24 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

Em 2023, o custo da cesta básica diminuiu em 15 capitais, destacando-se as maiores reduções em Campo Grande (-6,25%), Belo Horizonte (-5,75%), Vitória (-5,48%), Goiânia (-5,01%), e Natal (-4,84%), ao longo de 12 meses, de dezembro de 2022 até o mesmo mês do ano anterior. Por outro lado, Belém (0,94%) e Porto Alegre (0,12%) apresentaram taxas positivas acumuladas nesse período.

Os dados provêm do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos em 17 capitais. O Dieese destaca que a redução geral nos preços, aliada à valorização do salário mínimo e à expansão das políticas de transferência de renda, proporcionou alívio para as famílias brasileiras, que enfrentaram aumentos nos preços dos alimentos, geralmente superiores à média da inflação nos anos anteriores.

A entidade ressalta que preocupações climáticas, conflitos externos, câmbio desvalorizado incentivando exportações e o impacto da demanda externa nos preços internos das commodities foram temas de destaque em 2023 e podem representar desafios importantes para 2024.

Na comparação mensal entre novembro e dezembro de 2023, o valor da cesta aumentou em 13 cidades, com Brasília (4,67%), Porto Alegre (3,70%), Campo Grande (3,39%) e Goiânia (3,20%) liderando as altas, enquanto as diminuições foram registradas em Recife (-2,35%), Natal (-1,98%), Fortaleza (-1,49%) e João Pessoa (-1,10%).

No mês de dezembro de 2023, o maior custo da cesta básica foi em Porto Alegre (R$ 766,53), seguido por São Paulo (R$ 761,01), Florianópolis (R$ 758,50) e Rio de Janeiro (R$ 738,61). Já Aracaju (R$ 517,26), Recife (R$ 538,08) e João Pessoa (R$ 542,30) registraram os menores valores médios.

Considerando a cesta mais cara, que foi a de Porto Alegre em dezembro, o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas seria de R$ 6.439,62, equivalente a 4,88 vezes o valor do salário mínimo vigente, de R$ 1.320,00. Em novembro, esse valor era de R$ 6.294,71 (4,77 vezes o piso). Em dezembro de 2022, era de R$ 6.647,63 (5,48 vezes o piso de R$ 1.212,00).

A análise do Dieese, em conformidade com a determinação constitucional de que o salário mínimo deve atender às despesas básicas de um trabalhador e sua família, leva em conta fatores como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

Em dezembro de 2023, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 109 horas e três minutos para um trabalhador remunerado pelo salário mínimo, um aumento em relação às 107 horas e 29 minutos de novembro. Em dezembro de 2022, a média era de 122 horas e 32 minutos.

Quando se compara o custo da cesta básica com o salário mínimo líquido (descontando a Previdência Social), o levantamento indica que, em dezembro de 2023, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu 53,59% do seu rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em novembro, demandaram 52,82%. Em dezembro de 2022, o comprometimento era de 60,22%.


Fonte: Biznews
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