O Boletim de Conjuntura Econômica, uma colaboração entre a Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT) e o Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) / Campus de Toledo, tem se destacado como uma ferramenta essencial para compreender a economia local de forma acessível.
O Boletim de Conjuntura Econômica, uma colaboração entre a Associação Comercial e Empresarial de Toledo (ACIT) e o Núcleo de Desenvolvimento Regional (NDR) da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) / Campus de Toledo, tem se destacado como uma ferramenta essencial para compreender a economia local de forma acessível.
Este informativo, que beneficia cidadãos, empresários e gestores públicos, lança luz sobre diversos indicadores, destacando a arrecadação do microempreendedor individual, o Produto Interno Bruto (PIB) e a análise da cesta básica.
A 12ª edição do Boletim traz destaques quanto ao desempenho dos setores produtivos, empregabilidade e análise quanto ao custo da cesta básica em Toledo.
O professor e economista da UNIOESTE, Jandir Ferrera de Lima comentou os dados em contato com a reportagem do site Toledo News: "A economia de Toledo manteve o dinamismo em 2023. Tanto que os números do mercado de trabalho permaneceram aquecidos, numa taxa média de crescimento 5% ao ano, conforme números do Caged. Outro dado revelador do dinamismo foi o crescimento do setor terciário. No caso do terceiro setor, ele é um reflexo da renda e otimismo da população. Quanto mais otimista e confiante no futuro, mais a população busca serviços e financiamentos de longo prazo."
Este cenário é comprovado como promissor pelos dados do período, com 8.290 admissões registradas nos meses de junho, julho e agosto de 2023, apresentando um crescimento médio de 5%, sendo agosto o mês que se destacou com maior número de admissões.
O economista também destacou os motores deste crescimento: "A base desse dinamismo foi e continua sendo a pujança do Agronegócio, apesar do avanço da economia de Toledo rumo a diversificação. Com toda a economia baseada em commodities, Toledo está sensível aos ciclos agropecuários, aos fenômenos climáticos e as oscilações de preços das commodities no mercado internacional. Os passos para a diversificação da economia foram dados com o Biopark. Porém, a manutenção da base agroindustrial exige um esforço para ganhos de produtividade na agropecuária, cuidados ambientais e a defesa do setor primário."
A análise da cesta básica individual revelou oscilações nos preços ao longo dos meses. Em maio, o custo foi de R$ 625,85, sofrendo reduções de 3,08%, 5,49% e 2,43% em junho, agosto e setembro, respectivamente. Em tendência contrária, julho registrou um aumento de 1,64%. O valor da cesta básica ao final do período foi reduzido até o valor de R$ 568,53.
A cesta básica de alimentos familiar, projetada para três adultos ou dois adultos e duas crianças, também teve seu preço monitorado. Maio começou com R$ 1.877,55, passando por quedas e aumentos até o mês de julho, quando consolidou uma trajetória de queda pelos meses de agosto e setembro para o valor de R$ 1.705,59 ao final do período estudado.
Destaca-se que, considerando que a alimentação representa cerca de 35,71% das despesas familiares, o custo de vida em Toledo, incluindo habitação, vestuário e transporte, está acima de cidades como Recife-PE, Pato Branco-PR, Francisco Beltrão-PR e Dois Vizinhos-PR.
Um destaque de Jandir Ferreira de Lima, que preocupa tanto o agronegócio, quanto os demais setor, são os cuidados ambientais: "A expansão de quase 20% no número de ligações de água potável confirmam tanto o dinamismo do setor da construção civil, como uma pressão sobre os recursos hídricos. De um lado o setor rural exige sustentabilidade e de outro a expansão da área urbana exige a manutenção dos recursos naturais renováveis."