Com 75,8% sem saber em que votar, pesquisa mostra curitibano ainda alheio às eleições de 2024

Os curitibanos ainda parecem estar alheios às eleições municipais de 2024. É o que aponta pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas divulgada nesta quinta-feira (14). É possível chegar a essa conclusão quando 75,9% dos entrevistados afirmaram não saber ou não souberam responder em quem votariam na pesquisa espontânea, quando não são dado os nomes dos candidatos.

Esse distanciamento da corrida municipal também fica evidente quando o mais citado na espontânea é o atual prefeito Rafael Greca, com 11,4%, que por estar em segundo mandato não poderá se candidatar. Esse percentual também pode ser destacado pela alta de aprovação de Greca, que na mesma pesquisa tem 73,1% de apoio dos moradores. Ou seja, os entrevistados não querem que Greca deixe a administração. Em segundo na espontânea aparece o vice-prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel, citado por 2,5% dos entrevistados. Pimentel é o nome escolhido por Greca na sucessão à Prefeitura.

Já na pesquisa estimulada, quando os nomes dos possíveis candidatos são disponibilizados, quatro nomes aparecem na frente, separados por uma diferença pequena: Luciano Ducci (16,2%), Ney Leprevost (16%), Beto Richa (13,5%) e Eduardo Pimentel (12,5%).

Ducci já foi prefeito de Curitiba a partir de 2010, quando Beto Richa se candidatou a governador. Na ocasião, tentou continuar o mandato em 2012, mas não chegou ao segundo turno nas eleições vencidas por Gustavo Fruet. Leprevost, por sua vez, sempre é postulante à Prefeitura de Curitiba. Em 2016, perdeu no segundo turno para Greca e agora pode ser o nome escolhido pelo União Brasil.

O tucano Beto Richa foi prefeito de Curitiba e governador Paraná e é um dos nomes mais citados. Ele terá que lidar com a alta rejeição, já que lidera neste quesito com 50,8%. Também entre os mais citados na pesquisa estimulada aparece Eduardo Pimentel, que além do já citado apoio de Greca, terá por trás a força do governador Carlos Massa Ratinho Junior.

O levantamento ouviu 845 pessoas entre os dias 10 a 12 de dezembro. A margem de erro, conforme o instituto, é de 3,4 pontos percentuais.