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Quais países não têm banco central como Milei propõe na Argentina

Apenas algumas nações no mundo renunciaram à ideia de ter um banco central, conforme proposto pelo presidente eleito da Argentina, Javier Milei, que alcançou a vitória no domingo (19/11) com 55% dos votos, após prometer “dinamitar” a instituição durante a campanha.

Por Da Redação

26/11/2023 às 08:54:31 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

Apenas algumas nações no mundo renunciaram à ideia de ter um banco central, conforme proposto pelo presidente eleito da Argentina, Javier Milei, que alcançou a vitória no domingo (19/11) com 55% dos votos, após prometer “dinamitar” a instituição durante a campanha.

Quase todas as nações que aboliram seus bancos centrais são, na verdade, países bastante pequenos. Exemplos incluem Kiribati, Tuvalu, Andorra, Ilhas Marshall, Mônaco, Nauru, Micronésia, Palau e o principado de Liechtenstein. O Panamá é o único nome nesta lista com uma população na casa dos milhões, e optou por utilizar o dólar como sua moeda oficial.

Ao extinguir um banco central, um país perde, principalmente, a capacidade de implementar uma política monetária soberana, incapaz de fixar taxas de juros ou de câmbio, imprimir dinheiro ou financiar os gastos públicos do Estado.

O banco central também desempenha funções críticas na gestão das reservas internacionais e na supervisão dos bancos comerciais e dos meios de pagamento, regulando o sistema financeiro para garantir solidez e confiabilidade.

Portanto, ao adotar uma moeda estrangeira, como o dólar no caso do Panamá ou o euro no caso de Mônaco, os principais poderes de um banco central tornam-se irrelevantes.

Isso implica que uma economia dolarizada dependerá das decisões do Federal Reserve (o Fed, banco central dos EUA), enquanto uma economia que utiliza o euro estará sujeita às políticas do Banco Central Europeu.

Embora eliminar a taxa de câmbio beneficie países pequenos ao facilitar a exportação de produtos, analistas como Eileen Gavin, da consultoria britânica Verisk Maplecroft, destacam a necessidade de uma autoridade de controle para garantir a estabilidade financeira.

Javier Milei argumenta que a abolição do banco central é essencial para a Argentina, atribuindo à instituição a responsabilidade pela inflação crescente. No entanto, críticos consideram essa abordagem radical, sugerindo que reformar a lei para garantir a independência do banco central seria mais sensato.

Analistas alertam que a extinção do banco central pode enfraquecer a soberania monetária de um país, enquanto a dolarização pode apresentar desafios na definição de uma taxa de câmbio adequada.

Em resumo, embora Milei proponha fechar o banco central e dolarizar a economia, a viabilidade e os desafios dessa abordagem a longo prazo permanecem incertos, especialmente dada a complexidade e o tamanho da economia argentina.

Fonte: BBC News Brasil

Fonte: Biznews
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