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ONU alerta contra cerco e bombardeios israelenses a Gaza

A ONU afirmou, nesta sexta-feira (27), que “muito mais” pessoas “morrerão em breve” na Faixa de Gaza pelo cerco de Israel, que prepara uma ofensiva terrestre após três semanas de bombardeios em resposta ao sangrento ataque do movimento islamista palestino Hamas.

Por Da Redação

27/10/2023 às 14:06:02 - Atualizado há
Foto: Reprodução internet

A ONU afirmou, nesta sexta-feira (27), que “muito mais” pessoas “morrerão em breve” na Faixa de Gaza pelo cerco de Israel, que prepara uma ofensiva terrestre após três semanas de bombardeios em resposta ao sangrento ataque do movimento islamista palestino Hamas.

O Exército israelense anunciou que lançou uma nova incursão contra o Hamas, com tropas de Infantaria apoiadas por aviões, no território palestino, onde centenas de milhares de civis se encontram em condições humanitárias desastrosas desde o início da guerra em curso.

“Muitas mais (pessoas) morrerão em breve como resultado do cerco imposto à Faixa de Gaza” por Israel, denunciou nesta sexta o comissário-geral da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês), Philippe Lazzarini.

Gaza precisa de ajuda humanitária “significativa e contínua” para aliviar a falta de água, alimentos e eletricidade, acrescentou.

Também nesta sexta, a primeira equipe com seis médicos da Cruz Vermelha entrou na Faixa de Gaza desde o início da guerra, acompanhada por seis caminhões de ajuda, informou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV).

Comandos do Hamas entraram em Israel, por Gaza, em 7 de outubro e realizaram o ataque mais sangrento desde a criação do país em 1948, matando 1.400 pessoas, a maioria civis, segundo as autoridades.

Em represália, Israel iniciou uma campanha de incessantes bombardeios na Faixa de Gaza. Segundo o Hamas, que governa esse território desde 2007, mais de 7.300 pessoas, a maioria delas civis e incluindo mais de 3.000 crianças, morreram nesses ataques.

Em Genebra, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos da ONU manifestou preocupação com a possibilidade de “crimes de guerra estarem sendo cometidos” no conflito.

– Alvos do Hamas destruídos –

A Infantaria israelense lançou uma “incursão seletiva no setor central da Faixa de Gaza”, apoiada por “caças e drones”, antes de abandonar o território, anunciou o exército na manhã desta sexta-feira.

O Exército disse ter bombardeado alvos do Hamas “em toda a Faixa de Gaza”, destruindo plataformas de lançamento de foguetes e centros de comando, em preparação para uma provável ofensiva terrestre prometida por autoridades políticas e militares israelenses para “aniquilar” o Hamas.

As Brigadas Ezzeldin Al-Qassam, braço armado do Hamas, afirmaram terem frustrado uma incursão israelense ao longo da costa, no setor de Rafah (sul). Israel confirmou que havia realizado uma “incursão seletiva” nessa área.

Segundo as autoridades de Israel, 229 reféns israelenses com dupla nacionalidade, ou estrangeiros, foram capturados durante o ataque do Hamas, que até agora libertou quatro mulheres.

O grupo islamista disse na quinta-feira que “cerca de 50” reféns foram mortos em bombardeios israelenses.

A comunidade internacional teme as consequências de uma ofensiva terrestre no enclave palestino de 362 km², controlado desde 2007 pelo Hamas e aonde a ajuda internacional chega a conta-gotas aos 2,4 milhões de habitantes.

O Exército de Israel acusou o Hamas de usar hospitais em Gaza como centros de operações para realizar ataques.

“O Hamas trava a guerra a partir dos hospitais” no território, disse o porta-voz militar, Daniel Hagari.

Pouco depois, o movimento islamista palestino negou tal acusação.

“As alegações do porta-voz do Exército inimigo são totalmente infundadas”, afirmou em um comunicado um dirigente desse movimento, Izzat al Rishq.

– “Corredores humanitários” –

Desde 21 de outubro, em torno de 70 caminhões de ajuda entraram na Faixa de Gaza procedentes do Egito, anunciou na quinta-feira o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA), que considerou essa ajuda muito inferior às necessidades do enclave e que pede combustível para fazer as infraestruturas de saúde funcionarem.

Antes do “cerco total” imposto por Israel em 9 de outubro, cerca de 500 caminhões chegavam diariamente à Faixa.

Os líderes dos 27 países da União Europeia (UE) pediram na quinta-feira a instalação de “corredores humanitários” e de “pausas” para a entrega de ajuda.

Nesta sexta, França e Espanha pediram uma “trégua humanitária” para proteger os civis.

Segundo o OCHA, citando o Ministério das Obras Públicas e de Habitação de Gaza, 45% das casas do território foram “danificadas ou destruídas” pelos bombardeios.

Quase 1,4 milhão de pessoas foram deslocadas para o sul da Faixa, fugindo dos bombardeios israelenses, embora cerca de 30 mil tenham retornado para o norte do território nos últimos dias, segundo a ONU.

“Voltamos para morrer nas nossas casas. Será mais digno”, disse Abdallah Ayyad, que retornou para a Cidade de Gaza com sua mulher e cinco filhas.

Em Israel, um novo lançamento de foguetes deixou três feridos em Tel Aviv, segundo os serviços de emergência.

– Escalada regional –

A guerra despertou temores de uma conflagração regional. O Irã, um poderoso apoiador do Hamas, lançou várias advertências aos Estados Unidos, um aliado de Israel.

A tensão também está aumentando na Cisjordânia ocupada, assim como na fronteira norte de Israel com o Líbano, onde ocorrem diariamente trocas de disparos entre o movimento Hezbollah, aliado do Hamas, e o Exército israelense.

Mais de 100 palestinos morreram na Cisjordânia em ataques e confrontos com o Exército israelense desde 7 de outubro, segundo o Ministério palestino da Saúde.

bur-sg/feb/hgs/meb/tt/aa/dd/aa

Fonte: Isto É
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